O Vale do Paranhana é formado por seis cidades e abrange uma área de 1.423,235 m², composto por, segundo o último estudo realizado pelo IBGE em 2018, 205.067 mil habitantes. Todos os municípios, por sua vez, possuem um hospital que atende a população de diversas cidades, o que gera um grande número de atendimentos e demandas para as casas de saúde. No entanto, a realidade vivida pelas instituições é mais difícil do que parece.
A prestação de serviços dos hospitais está comprometida devido à crise que vem se estendendo há anos no estado do Rio Grande do Sul. O caso mais assustador das cidades do Vale do Paranhana é o de Igrejinha, que não recebe os repasses do estado desde setembro de 2018 e o débito chega a R$ 1.110.234,17.
Em Rolante já são seis meses de atraso e três meses em Três Coroas. Em Riozinho, o valor é referente ao do incentivo, que chega a R$ 11.000,00. Até o fechamento desta edição, a assessoria de imprensa da Scopel (gestora do Hospital de Taquara) não havia retornado os questionamentos da reportagem.
Decisão judicial impede atrasos com o HSFA de Parobé
Segundo Renata Eidelwein, assessora de imprensa do Hospital de Parobé, a instituição é 100% SUS, ou seja, a maior parte do recurso é proveniente do Estado. O Hospital São Francisco de Assis (HSFA), de Parobé, possui uma decisão judicial que obriga o poder público a manter em dia os pagamentos, firmado em contrato, através de bloqueio das contas. Assim, mesmo que exista atraso, o pagamento está garantido. No entanto, essa demora gera multas, encargos e juros, o que dificulta a sustentabilidade do hospital. “Com o atraso dos repasses, os pagamentos aos funcionários e corpo clínico acabam não tendo um dia certo, mas vale ressaltar que todos têm sido extremamente parceiros e comprometidos com a instituição e com os pacientes”, destaca Renata ao Jornal Repercussão.
Foto: Renata Eidelwein
Texto: Lilian Moraes