Uso de máscara e vacinação. Apesar de serem recomendações constantes e o país estar avançando significativamente na imunização, ambas as medidas de prevenção ainda são aconselhadas pelas autoridades de saúde.
Dentro de um contexto regional, o Grupo Repercussão entrou em contato com os hospitais São Francisco de Assis (HSFA), de Parobé, e o hospital Sapiranga para entender o momento e as médicas Dra. Rafaela Arrue Webster e Dra. Caroline Lahude Salim foram pontuais.
Conforme Rafaela, clínica geral do hospital Sapiranga apesar dos avanços do ponto de vista terapêutico ainda são registradas perdas de um número grande de pacientes com quadro grave pela doença e suas potenciais complicações. “Com isso em mente saliento que a medida que se mostrou mais efetiva até o momento tanto no controle de novos casos quanto na gravidade da doença dos infectados é a vacinação”, salientou.
Já a médica intensivista da casa de saúde parobeense reforçou os principais cuidados para a prevenção da transmissão. “Não conviver sem máscara. Isso é a única coisa que previne a transmissão. Então se recomenda: fazer a vacina, higienizar a mão, mas é principalmente usar a máscara, em todos os ambientes”, enfatizou.
Internações pediátricas estão aumentando no HSFA e médica comentou sobre o assunto
Com relação às internações, Caroline revelou que ultimamente as pediátricas estão aumentando no HSFA e apontou os motivos pelos quais ela acredita que esse indicativo esteja aumentando. “Provavelmente porque é o público não vacinado. Também porque as crianças hoje estão tendo mais contato. Estão indo para rua. Todas as pessoas estão convivendo mais e eu penso que um pouco as pessoas perderam o medo do covid, então a nossa exposição também está maior. Desta forma, esse público menos vacinado é o que está sendo mais exposto. Está tendo mais diagnóstico e maior gravidade”, pontuou.
Informações de janeiro e números de fevereiro
- A vacinação se faz importante para que diminuam as internações e os sintomas sejam menos severos. Em Parobé, no mês de janeiro, foram 73 internações no total (somando as clínicas e UTI). Conforme levantamento realizado pela casa de saúde, 20 não estavam vacinados; sete foram vacinados com uma dose; 42 vacinados receberam 2 doses e apenas três estavam com o esquema vacinal completo.
No hospital de Sapiranga, como a instituição não coleta esse tipo dado, foi possível apenas a divulgação das informações dos moradores da cidade. Segundo a secretaria de Saúde de Sapiranga, 11 munícipes precisaram ser internados em janeiro. Destes, oito tiveram esquema vacinal incompleto, tendo registrado um óbito de um homem de 88 anos pela variante ômicron. - Atualmente no hospital de Parobé, de acordo com o dashboard do Governo do Estado em consulta realizada em 16 de fevereiro de 2022, dos 33 leitos de UTI adulto, disponíveis, 18 estão ocupados; além de nove internações de leitos Covid-19 fora de UTI Adulto.
No hospital Sapiranga, a ocupação é de 11 leitos de UTI Adulto ocupados, dos 37 disponíveis; cinco leitos Covid-19 fora de UTI Adulto. Além de sete leitos SUS e quatro privados.
Mensagem das doutoras
Dra. Rafaela Arrue Webster, do Hospital Sapiranga. “Entendo que nosso caminho para tentar retomar nossas vidas ao mais semelhante possível ao momento anterior a pandemia é esse: vacinação com todas as doses preconizadas pelos órgãos de saúde, uso de máscara e demais medidas preventivas para evitar contaminação com o vírus.”
Dra. Caroline Lahude Salim, do HSFA. “A nossa missão como população é justamente, prevenir o covid. E não só para nós. Para a nossa infecção. Porque eu posso ser jovem, não ter fator de risco e estar com as três doses, mas aí a pessoa que está do meu lado vai ter fator de risco, ser exposta e ela vai acabar ficando grave ou falecendo.”