Taquara – Desde o início de janeiro, é o vice-prefeito Hélio Cardoso Neto que comanda de forma interina a prefeitura de Taquara. Com foco principal nos trâmites administrativos internos, Hélio substituiu o prefeito Tito Livio Jaeger Filho até dia 20 de janeiro.
Conforme o vice, o primeiro mês do ano serve para conduzir os processos internos da prefeitura. “Janeiro normalmente é bem complexo para os município, porque ainda não se abriu o orçamento e está se fechando a contabilidade de 2019. A função maior neste período, então, é administrativa interna. Fazer com que os processos sejam bem conduzidos, esse tem sido meu foco principal”, revela.
Hélio acumula experiências à frente da prefeitura de Taquara. Em uma oportunidade em maio passado, o vice-prefeito viabilizou um importante negócio para o município. Os primeiros contatos com a empresa Gelo Rei aconteceram neste período e o resultado das negociações foi positivo: nos próximos meses, o grupo deve se instalar na cidade, em um prédio da Prefeitura que está em situação ociosa. A indústria deve investir, inicialmente, cerca de R$1 milhão no local, para viabilizar o empreendimento e fazer as reformas necessárias no prédio.
Entrevista
Jornal Repercussão – O que considerou o mais importante neste período comandando a Prefeitura?
Hélio – O que tem de mais relevante neste período de férias do prefeito é o sancionamento da Lei Municipal que estabelece a liberdade econômica de Taquara. O projeto de liberdade econômica é uma lei federal hoje, então nós fizemos o regramento municipal. Na prática, é uma mudança que vai ser implementada com o tempo. A lei foi sancionado no dia 14 e tem prazo de 60 dias para entrar em vigor. Neste período, o município tem que fazer uma readequação porque há uma inversão na lógica de realização de negócios. Antes, qualquer empresa com pequeno potencial poluidor tinha que fazer o pedido de abertura da empresa, com todos os protocolos necessários, toda burocracia. O município recebia, verificava se tudo estava de acordo, e aí sim expedia autorização. Com a autorização a empresa poderia abrir. Com a nova lei, os empreendimentos que se enquadram na categoria de baixo poluidor vão começar o negócio deles. Eles vão montar a parte de documentação e vão abrir o negócio, e aí sim vão comunicar o município que está funcionando em tal local e dentro das regras. Recebendo a informação, o município tem um prazo para ir lá fazer a fiscalização. É uma mudança importantíssima de paradigma para geração de emprego e geração de renda para os empreendedores. Inverteu a lógica. Antes, tinha que esperar entre 15 e 30 dias para poder abrir o negócio.Jornal Repercussão – Como se deu a criação e aprovação dessa lei?
Hélio – Eu estava acompanhando em âmbito federal a criação da lei. O vereador Guido Mario apresentou pela câmara. Por coincidência sobrou para eu sancionar ela, nas férias do Tito. A lei foi uma iniciativa minha, em parceria com o Guido que apresentou um projeto semelhante na câmara.Jornal Repercussão – O que considera ser o principal problema da cidade hoje?
Hélio – É a questão do hospital. Esse problema está sendo bem encaminhado pela administração, dentro de uma proposta em parceria com o governo do Estado e vai ser encaminhado ao Ministério Público. Buscamos uma indicação pelo governo do Estado de uma relação de instituições que possam estabilizar a situação do hospital por algum período, de um a dois anos, para suspender essa ação judicial e tentar sustentar essa situação de crise. A proposta tem que passar por um acordo entre todas as partes e ter a concordância do juiz para que possamos ter escolha de uma instituição para estabilizar a relação. A ideia é pacificar com um acordo entre todas as partes. Essa é uma meta do prefeito Tito, que estamos apoiando.Jornal Repercussão – Alguma meta para os próximos dias?
Hélio -Temos uma meta importante de infraestrutura urbana, que vai se iniciar em fevereiro ou março. Se tudo ocorrer conforme o previsto, serão pavimentadas diversas ruas. É uma verba que já foi aprovada pela Câmara. Fechando as questões burocráticas, terão início as pavimentações, que acontecerão principalmente nos bairros. O recurso é do Badesul.Jornal Repercussão – Taquara foi o município que mais gerou empregos no Paranhana em 2019. O que contribuiu para isso?
Hélio – O resultado da geração de empregos é um somatório de diversos fatores. Nós vislumbramos uma melhora no quadro nacional de empreendimentos e a gente tá percebendo uma vontade nos empreendedores de retomar os investimentos. Nós temos que aproveitar esse momento. A administração tem que ser um incentivador de geração de negócios. Ano passado tivemos alguns negócios consolidados que ajudaram a gerar emprego.