Parobé – A eleição suplementar de Parobé se aproxima. O pleito foi marcado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para acontecer no dia 8 de março e o cenário político da cidade apresenta um quadro inchado de postulantes. São cinco chapas que disputam o comando do Executivo, e quem receber a maior parte dos votos terá um mandato tampão até dezembro de 2020. Os escolhidos pela comunidade parobeense poderão ainda tentar reeleição em outubro, quando em todo o Brasil se define quem serão os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores pelos próximos quatro anos.
Quem concorre pelo Cidadania é Moacir Jaguncheski, tendo ao seu lado a professora Andréia Henemann. O PDT tem como candidato Diego Picucha, que tem como vice o vereador Alex Bora (PL). O Partido dos Trabalhadores aposta em Maristela Rossatto para assumir a prefeitura, ao lado do Professor Lodeir. Olavo Vargas e Nadir da Silveira, conhecido como Zé do Ouro, disputam pelo PTB. O Republicanos conta com o vereador GIlberto Gomes para a prefeitura, e, para vice, Denilson Goulart.
Para acontecer, eleição suplementar custará mais de R$ 130 mil aos cofres públicos
A informação divulgada pelo TRE é de que a eleição deverá custar R$ 131 mil. Os valores serão aplicados em convocação de mesários, transporte das 121 urnas aos locais de votação, suporte técnico, diárias e horas extras aos servidores da Justiça Eleitoral envolvidos no pleito.
A reportagem realizou entrevista presencial com quatro candidatos, com perguntas semelhantes dentro de temas centrais da administração pública. Por incompatibilidade de agendas, o candidato Olavo Vargas respondeu através de texto às questões colocadas em pauta.
Maristela Rossatto / Coligação: PT
Repercussão – O que é possível fazer em nove meses?
Maristela – Primeiro a saúde. Precisamos com urgência resgatar o que tínhamos. A gente tinha remédio nas farmácias, atendimento agendado em que as pessoas não precisavam esperar meses por uma consulta. Isso é o principal. Para reduzir a fila de espera dos exames vamos ter que fazer mutirão. Fazer contratos médicos emergenciais para arrumar a casa. As organizações que faziam a Secretaria de Educação andar foram por água abaixo. Em nove meses dá para recuperar e não custa dinheiro, é gestão. Temos que resgatar a seriedade ali dentro. Mães não devem ficar de escola em escola procurando vagas para as crianças, é dever da secretaria fazer o encaminhamento. Também vamos resgatar o projeto de férias.
Repercussão – Se eleita, vai reduzir secretarias e cargos?
Maristela – Não vou nomear nenhum secretário. Hoje são 11. Com isso estimamos economia de R$ 1,5 milhões. Esse valor vai ser destinado somente para ruas. Vamos investir na pavimentação de 20 a 30 ruas. Os secretários têm altos salários e neste momento, num mandato de nove meses, não se fazem necessários. Também teremos auditoria em todos os grandes contratos e pente fino para recomeçar todas as terceirizadas. Temos contratos que precisam ser reorganizados e alguns dispensados. A parceria com o hospital nós precisamos continuar.
Repercussão – Como resolver a situação da ponte da Estrada Velha?
Maristela – Como vereadora constatei que a ponte ia dar problemas. Precisava um trabalho de prevenção. A atual administração fechou os olhos e deixou aquilo chegar a esse ponto. Vamos dar prioridade a isso. Se a verba de Brasília demorar vamos pegar o dinheiro aplicado em grandes contratos e aplicar na ponte, que é uma prioridade.
Repercussão – A Prefeitura está em uma situação difícil. Por que concorrer?
Maristela – Porque sou do Partido dos Trabalhadores. O PT tem esse olhar, essa bandeira, o sonho de que nós precisamos cuidar das pessoas, e nós sabemos cuidar das pessoas. Sendo eu do PT, conhecendo a atual situação, como a gente ia se omitir em um momento desses?