Taquara – A Delegacia de Polícia de Taquara está sendo coordenada por um novo delegado desde a última segunda-feira, dia 31. José Marcos Falcão de Melo assumiu no lugar da delegada Rosane de Oliveira, que passa a atuar na Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre.
Natural do Pernambuco, o delegado de 35 anos chega a Taquara com o objetivo de prestar um trabalho de excelência. Falcão ingressou na Polícia Civil após realizar o concurso para delegado no ano de 2018. “Em 2020, fui convocado e, desde a formação, estava atuando no município de Lagoa Vermelha (Rio Grande do Sul). Mudei completamente de vida após o concurso. Saí de Pernambuco e vim morar aqui no estado”, conta ele, que pediu a transferência para Taquara. “Fiquei sabendo da oportunidade e solicitei a transferência. O que eu soube é de que é uma cidade próxima de tudo, com acesso muito fácil a Porto Alegre, com bom índice de desenvolvimento. Aqui também já tem um trabalho integrado da polícia com os demais órgãos de segurança, isso tudo me motivou a mudar. De primeira impressão, gostei, é uma cidade organizada, limpa e a gente ainda está organizando a transição.”, conta o delegado, que também passa a residir no município com a família. Os primeiros dias também estão sendo de apresentação dele à comunidade.
ENTREVISTA
“Chego com muita vontade de contribuir”
Jornal Repercussão – Conte um pouco da sua trajetória profissional:
Delegado Falcão: Comecei a trabalhar aos 12 anos, como auxiliar de frentista, depois auxiliar de padeiro e padeiro. Aos 16 anos, trabalhei em uma metalúrgica. Aos 17 anos, passei para a Marinha do Brasil, seguindo carreira militar até os 20 anos. Fiquei também mais oito anos no Exército. Ao todo, nas Forças Armadas foram 12 anos. Passei em concurso na Universidade Federal de Pernambuco, cargo de auxiliar administrativo, e fiquei nele até me formar em Direito e na pós-gradução. Em 2018, atuei no Tribunal de Justiça. Quando surgiu o concurso, decidi fazer. Já tinha uma intenção muito forte, pois o cargo de delegado congrega muitas coisas boas. É um cargo jurídico, em que temos de usar muito do conhecimento técnico aprendido na faculdade; cargo operacional, gosto de participar das ações, a equipe precisa contar com o delegado; e o cargo permite ainda a gestão de pessoas e a gestão administrativa da delegacia.
JR: Como era o trabalho em Lagoa Vermelha?
Delegado Falcão: A cidade estava localizada em uma rota de tráfico de drogas e isso provocava a maioria das ocorrências. A cidade tem 30 mil habitantes e no ano passado foram 14 mortes violentas – sendo 11 por execuções ligadas ao tráfico.
JR: Qual mensagem você deixa para a comunidade de Taquara?
Delegado Falcão: Ainda tenho muito a aprender, mas chego com uma vontade muito grande de contribuir. Já tenho noção de que o trabalho que a Polícia Civil vem fazendo é de grande valia para a comunidade, o esforço e a necessidade de ter uma polícia integrada. A minha concepção de trabalho é de dar continuidade ao que a delegada Rosane e equipe vinham fazendo e melhorar naquilo que seja possível. Colocando a polícia sempre à disposição do cidadão, em primeiro lugar somos servidores, devemos prestar um excelente serviço público. Com relação à criminalidade, integrar as forças de segurança, com a polícia militar, focar naqueles crimes que trazem maior anseio popular e social, e colocar a força do trabalho à disposição da comunidade taquarense. Para o cidadão, a excelência no atendimento; para aquele que cometeu o crime, o rigor da lei.