Região – À pedido do Repercussão Paranhana, o Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) e o Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS) divulgaram, oficialmente, os dados estatísticos parciais do número de mortes nas rodovias estaduais no Vale do Paranhana (RS-020, 115 e 239). E, os dados mostram uma elevação, especialmente, na RS-239, com crescimento de 28,5% no número de mortes no comparativo com o ano de 2018. Neste ano, segundo os dados do CRBM ocorreram sete mortes violentas na RS-239. Porém, o dado é parcial, pois não leva em consideração os feridos que são encaminhados aos hospitais, e por consequência das lesões, acabam falecendo. Desta forma, o dado mais fidedigno é do Detran/RS, que mostra que, em 2019, foram nove mortes violentas na RS-239 (de Parobé a Rolante).
Os municípios com trechos mais violentos nas rodovias do Vale do Paranhana se concentram, em Parobé, na RS-239, que somente em 2019 registrou sete do total das nove mortes. Logo atrás vem o trecho de Igrejinha, na RS-115, com três mortes violentas das sete registradas por Detran/RS e CRBM, até 24 de outubro deste ano.
Desta forma, o ano de 2019 está se configurando como o mais violento nas estradas estaduais no Vale do Paranhana. Somando as mortes que ocorreram na RS-115 (sete mortes), na RS-020 (duas mortes) e na RS-239 (nove mortes) a região contabiliza 18 mortes violentas no trânsito, somente em 2019. Este número é superior às estatísticas de 2017 (11 mortes nas três rodovias) e de 2018 (14 mortes nas três RSs).
CRBM avalia trechos
O tenente do CRBM, de Gramado, Cleu Minuzzo, explicou que a RS-115, do KM-0 ao KM-17, compreende o trecho de Taquara à Três Coroas da rodovia e, especificamente, no KM-5, próximo do Posto Alles Blau, é o local com maior índice de acidentes. “Estamos intensificando o policiamento no local a fim de reduzir esta estatística. Em Parobé, na RS-239, tivemos 7 mortes, sendo todos entre os km 42 e 48 da rodovia. Os KMs mais violentos são o 42 e 43 com duas mortes em cada”, analisou o comandante do Pelotão Rodoviário, de Gramado.
Avaliação
- O tenente, Cleu Minuzzo, explicou que a Polícia Rodoviária Estadual (PRE) monitora diariamente os trechos com maior acidentabilidade e realiza, com base nos dados estatísticos da plataforma Avante, ações e operações pontuais, como barreiras e radar: “Com isso, buscamos manter a velocidade dentro do limite permitido para que os condutores respeitem as normas gerais de trânsito”, explicou. Outro fator que contribui para que os acidentes ocorram é o fato destas rodovias passarem por perímetros urbanos, assim muitos dos acidentes que terminam em morte são de travessias de pedestres da rodovia e acessos de veículos.