Construída há mais de 150 anos por José Tristão Monteiro, a Casa de Pedra de Igrejinha possui uma rica história e a prefeitura de Igrejinha está trabalhando para restaurar esse símbolo do município. A edificação foi a primeira casa de alvenaria da Colônia do Mundo Novo e levou cerca de dois anos para ficar pronta.
Construída em 1862, a casa serviu de posto comercial e abrigo para os viajantes que passavam pela região, entretanto, segundo consta em registros no arquivo histórico do Estado, a localidade no entorno da casa foi fundada em 7 de outubro de 1846, com o início da venda de lotes. Na época em que foi construída, a casa serviu de comércio e recebia produtos como feijão, cana de açúcar e milho, cultivados pelos colonos da região, que forneciam os mantimentos para a venda por considerarem mais lucrativos.
O prédio da casa de pedra está localizado em um bairro que hoje carrega o seu nome e em 2020 passará por uma grande reforma, que será financiada pela Lei do Incentivo à Cultura e consolidará a edificação como um dos principais pontos turísticos da cidade.
O que está sendo pensado para o futuro da casa?
- De acordo com a museóloga Daniela Schmitt, integrante da equipe que está trabalhando na proposta de restauração da casa, a documentação necessária para a inscrição do projeto através da Lei de Incentivo à Cultura (LIC), já está pronta e tudo deve ser encaminhado nos próximos dias. Além disso, a museóloga também explica o que está sendo pensado para a casa: “Especialmente quando se usa recurso público, eles consideram que para que o projeto seja aprovado e para que tenha uma finalidade, tem que ter uma continuidade. Não adianta tu restaurar um prédio histórico e abandonar. Não tem lógica. Então a ideia é de que tenha um plano de uso de cinco anos desse espaço. Então, assim como foi feito no projeto da Magda [arquiteta responsável pelo projeto], é que seja um espaço de vivências, que esse espaço que aí depois é um futuro anexo (também que seria uma quarta etapa), mas antes disso a gente vai ter um espaço expositivo, que a gente vai trabalhar com educação patrimonial, vamos receber as escolas, então a gente vai fazer um plano de uso”, comenta.
Daniela também revela que depois de captado o recurso da primeira parte do restauro, a empresa Arquium – responsável pela obra – tem o prazo de 12 meses para entregar. Porém, devido ao valor total, a restauração será realizada em três etapas, todas encaminhadas através da LIC.