Parobé – Após uma série de processos e rescisões contratuais que dificultaram a execução das obras, Parobé finalmente vê o andamento das construções que, em breve, estarão à disposição da saúde do município. Cinco prédios, dentre os quais, dois estão em fase final, estão em processo de construção, sendo quatro deles Unidades Básicas de Saúde (UBS) e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O projeto mais adiantado é o da UBS Alvorada, localizada na rua Armando Feistauer. De acordo com Richard Ferreira, Técnico em Edificações da atual administração, a infraestrutura do local precisa ainda de pequenos ajustes para a conclusão. Além disso, o técnico destaca que a UBS está em fase de receber equipamentos, o que garante o início de seu funcionamento dentro de um curto período de tempo.
O investimento nesta infraestrutura foi de R$ 826.330,11. Deste montante, R$ 659.000,00 são recursos obtidos a nível federal, enquanto o município entrou com uma contrapartida aproximada de R$ 167.000,00. A obra iniciou nos primeiros meses de 2017 e teve complicações, como rescisão contratual, ao longo do processo, o que adiantou os primeiros prazos de término. A vice-prefeita e secretária de saúde de Parobé, Marizete Pinheiro, explica que quando a atual gestão assumiu, não haviam recursos em caixa para continuar os projetos em andamento, motivo principal dos atrasos nas entregas.
Conclusão da UPA não garante seu funcionamento
A construção de uma UPA vinha sendo projetada pelo poder público desde 2013. A obra teve início em 2014 e desde então já houve falta de recursos, assim como problemas no projeto inicial, que apresentou falhas que tornaram morosa a execução. Após uma série de ajustes, o prédio atinge um índice de 90% de conclusão, de acordo com Richard. A entrega da obra está prevista para os próximos meses, mas isso não garante o funcionamento da unidade.
Diferente das UBS, o projeto que contempla essa construção não prevê inclusão dos equipamentos para as atividades. Isso representa um grande impasse para o funcionamento de UPAs, que passam por essa situação também em outros municípios do Estado e do Brasil. Além da falta de dinheiro para comprar os aparelhos, o custo operacional destas unidades representa outro entrave para os cofres municipais: o número mínimo de atendimentos e de profissionais, somados às 24 horas de funcionamento custam caro.
Mudança em diretrizes é uma saída
A secretária de saúde explica que recentemente o governo federal permitiu que fossem solicitadas alterações nas diretrizes de funcionamento das UPAs, possibilitando a utilização da infraestrutura. “Após a conclusão da obra, nosso objetivo é que o local funcione através do programa Saúde na Hora, que prevê a extensão de horário de atendimento das UBS. Assim, lá vai funcionar das 8 às 20 horas”, ressalta. A mudança já foi indicada pelo município ao governo federal. Outro ponto destacado por Marizete é que a indicação prevê a instalação do Centro de Atenção Psicossocial no espaço, que conta com cerca de setenta cômodos, tirando a entidade do prédio atual, onde paga aluguel.
Recursos
A conclusão da UPA se viabiliza após um investimento de mais de R$ 2.6 milhões. Localizada na rua Arthur Henemann, no bairro Alexandria, a obra precisou de recursos federais, estaduais e municipais.
No bairro Vila Nova, a UBS também caminha para a etapa final, com 60% da estrutura concluída. As obras estão em andamento desde o fim de 2018 e têm previsão de custo de mais de R$ 680 mil. A UBS Jardim 3L ainda não está na metade do processo de construção, mas deverá ser a UBS mais cara: cerca de R$ 888 mil serão necessários até a entrega do local. A edificação com início mais recente acontece em Santa Cristina do Pinhal, na rua Gaspar Silveira Martins. No local estão sendo feitos ajustes finais no terreno para início da estruturação, que deverá custar R$ 698 mil.
Empenho em finalizar projetos
Marizete expõe que há contrapartida do município nas cinco construções, mas o percentual maior é oriundo dos cofres federais. Conforme os dados fornecidos pela secretaria à reportagem do Repercussão Paranhana, o município investiu cerca de R$ 1.3 milhões nas cinco estruturas. “O pessoal da Secretaria de Planejamento têm trabalhado incansavelmente para cumprir os prazos estabelecidos pelo governo federal. Estamos correndo atrás da máquina para não deixar nada parado”, completa a secretária.
O técnico Richard Ferreira complementa a colocação explicando que está garantida mais da metade da verba necessária para concluir as três UBS em fase de construção. O restante depende do empenho em buscar recursos e quitação das dívidas. Ambos deixam explícito o empenho em finalizar os espaços, mesmo os iniciados em gestões anteriores.