Por todo o Estado, as chuvas que caíram nos últimos meses causaram incontáveis prejuízos. Seja em decorrência das enchentes, devastação de plantações ou estragos em ruas – e rodovias – cidades trabalham para se reerguer e colocar tudo em ordem novamente.
Em Igrejinha, as atenções estão voltadas para a rua Plínio Salgado. Desde o fim de setembro, quando a cidade foi castigada com intensas chuvas, um trecho da via cedeu e o assunto é mais complexo do que pode parecer.
Alessandra Azambuja, coordenadora da Defesa Civil do município, explica o que aconteceu no local. “Se formou um degrau de abatimento perpendicular ao eixo da rodovia. Deslizou cerca de 80 metros do solo ao longo do trecho. Isso tudo abaixo do asfalto”, explica.
Diante dessa situação, a equipe técnica da prefeitura precisa aguardar a estabilização do solo para assim poder trabalhar com máquinas no local. “Estamos fazendo visitas periódicas e semanais com a geóloga, porque até a estabilização completa não temos como mexer lá. Vamos realizar estudos e analisar uma obra de contenção mais adequada para o local”, finaliza a coordenadora.
O trecho está sinalizado e fica próximo à saída da Plínio da Salgado para a RS-020, no sentido Centro – Lajeadinho.
Previsão de chuva
Ainda que o acompanhamento esteja acontecendo, Alessandra chama atenção para um prognóstico nada favorável para este mês. “Em novembro, não se desenha um quadro muito bom para chuva. Dependemos de boas condições climáticas para estabilizar o local. Uma intervenção nas condições atuais só vai agravar a situação”, contextualiza.
Alerta do secretário
O recado é claro: é proibido o tráfego de caminhões na via. Placas instaladas no decorrer do trecho alertam para os riscos de deslizamento, mesmo assim, é possível visualizar veículos pesados subindo e descendo a qualquer hora do dia.
O secretário de Meio Ambiente e Planejamento, Sandro Klein, faz um alerta sobre os perigos no local. “As pessoas estão agravando a situação. Além de se colocar em risco, porque uma coisa é o carro leve passar, outra é um caminhão carregado, gera trepidação no solo, ainda mais em um local que já está instável”, pontua. “A BM atua no local fiscalizando essa movimentação, mas não tem como deixar uma viatura lá 24 horas por dia”, finaliza.