Rolante – Uma trabalhadora de um atelier de calçados, de 51 anos, vítima de um acidente de trânsito e que sofreu fratura em duas costelas e no anel pélvico (na região do quadril), está há dez dias internada no Hospital de Rolante. A passadora de cola, Teresinha Kunzler, chegou ao hospital no dia 9 de agosto, e no mesmo dia, foi cadastrada na Central de Leitos, sistema gerenciado pela Secretaria Estadual de Saúde.
Em situações de trauma como o de Teresinha, o hospital de referência é o Hospital Pronto Socorro de Canoas (HPS). Mesmo com contatos diários, a direção do Hospital de Rolante revelou que não consegue leito para transferir a paciente, que segue recebendo cuidados no município do Vale do Paranhana. “Tentamos contato com outros hospitais como o Cristo Redentor, em Porto Alegre, mas não aceitam, pois não são a referência do nosso município para este tipo de caso”, explica uma fonte do Hospital de Rolante.
Vizinha explica a situação
Leila von Muhlen, vizinha e amiga de Teresinha Kunzler, explicou que ela foi atropelada por uma motocicleta, na sexta-feira (dia 9), na RS-239 no sentido Rolante-Riozinho, e desde então, sofre para conseguir um encaminhamento adequado para o seu caso. “Ela estava caminhando em direção ao trabalho quando sofreu o acidente, em Alto Rolante, no período da manhã. Desde então, a equipe médica do Hospital de Rolante mantém a Teresinha com morfina e remédios contra dor. Ela está sofrendo muito, e implorando por ajuda”, lamenta a amiga.
Para tentar acelerar o encaminhamento da calçadista, Leila foi até a Defensoria Pública de Taquara, e agora, espera um resultado positivo para a situação. “Fomos obrigado a tomar essa medida, não dá mais para esperar. Estamos pensando em até fazer um protesto”, comenta Leila.
O Repercussão Paranhana contatou a secretaria Estadual de Saúde (SES) e o HPS de Canoas, mas até o momento da publicação desta notícia, não obteve o retorno sobre o caso. O espaço para o contraditório segue aberto.
Fotografia: Arquivo pessoal