Parobé – Um sonho que parecia impossível se tornou realidade para a família Oliveira na última semana. Dois irmãos que estavam separados há 35 anos se reencontraram no dia 5 de julho, na rodoviária de Novo Hamburgo. Wirtes, de 62 anos, morou durante o período na Argentina. Paulo, de 42, viveu no estado de Mato Grosso e em Parobé. O encontro ocorreu depois de uma divulgação feita pelo jornalista argentino Silvio Novelino.
Os irmãos mantiveram contato apenas na infância de Paulo, que morava com os pais e irmãos em Santo Antônio do Sudoeste, no Paraná. Na ocasião de seu nascimento, em 1981, Wirtes já tinha saído de casa para morar com o marido na Argentina, mas ainda visitava os familiares. O último contato dos irmãos foi aos 7 anos de Paulo. Depois disso, ambas as famílias mudaram de endereço e nunca mais se encontraram.
Buscas pela irmã
Paulo conta que aos seus 15 anos já iniciou as buscas pela irmã. Foram viagens até a Argentina e anúncios em grupos de Facebook e rádios do país que nunca resultaram em nada. Diante da angústia, e até da incerteza sobre a possibilidade da irmã estar viva, Paulo contatou uma advogada do país que se prontificou em ajudar. As boas notícias chegaram somente em julho deste ano. “Em julho peguei férias e fui para o Mato Grosso ver meus pais. Quando estava por lá resolvi ligar para a advogada para saber se tinha alguma novidade. Ela avisou que tinha conversado com esse Silvio Novelino e que ele iria me atender quando eu ligasse”, explica.
Sentimento inexplicável
Após a divulgação feita pelo apresentador de TV, foi uma questão de minutos até que Wirtes fosse encontrada. “Quando ele me ligou falando que tinha achado ela, pensei que fosse brincadeira. Mas foram na hora fazer uma chamada de vídeo com ela. Me ligaram, começaram a falar espanhol e logo me passaram pra ela. Foi uma coisa maravilhosa”, relembra. A irmã já chorava durante a ligação, mas ao saber que os pais ainda estavam vivos, a emoção foi ainda mais forte.
Futuro
Agora, o planejamento é que Wirtes e seus oito filhos voltem ao Brasil para morar com os pais, no Mato Grosso. Paulo, que continua em Parobé, relembra: “Quando nos reencontramos, foi inexplicável a sensação. Só senti isso quando vi meus dois filhos nascerem. Somos muito família, e eles eram a peça que faltava no quebra-cabeça para unir mais essa família”.