Além de todas as suas simbologias, as festas de final de ano costumam ser períodos em que as pessoas mais recebem e dão presentes, não é mesmo? Para os artesãos, por exemplo, esta época do ano costuma ser uma espécie de vitrine para expor seus trabalhos que normalmente são vistos apenas em seus ateliês caseiros. Em Três Coroas, um grupo de cerca de 15 artesãs estão recebendo a oportunidade de exibir seus trabalhos na Feira de Natal da cidade, que acontece na praça Affonso Saul, de segunda a sábado, e vai até o dia 10 de janeiro de 2020.
Para Laura Branco de Lima, o espaço cedido é muito importante para o trabalho das artesãs: “é muito bom, tanto financeiramente quanto como vitrine, porque como a gente não tem onde colocar, quando eles dão este espaço fica muito bom, porque é uma época também que atrai muita gente. Então ajuda bastante”, comentou.
Recentemente, a cidade também aderiu ao Programa Gaúcho do Artesanato – PGA, que tem como intuito promover a profissionalização dos trabalhadores, incentivar a produção artesanal local e “impulsionar o artesanato com políticas de formação, qualificação e orientação ao artesão.”
Artesãs valorizam o espaço
Maria José Velho, artesã.
“Esse espaço é uma oportunidade maravilhosa, porque a gente faz o trabalho da gente e se não tem um lugar para expor fica difícil. Eu vendo em casa também, e as vendas esse ano estão boas, melhores do que ano passado. Aqui eu só compro o pano, a pintura, o crochê, tudo o que eu vendo na minha banca é eu que produzo. Aí eu tenho jogo de cozinha, pano de prato, puxa saco… tem bastante coisa. (…)Eu tenho um estoquezinho em casa, conforme eu vendo, vou repondo os itens.
Terezinha Scalcon, artesã.
“É ótimo ter esse espaço, é como uma terapia, porque a gente faz o nosso trabalho e depois a gente ter como mostrar e vender ele, para nós é muito bom. Financeiramente também é bom, digamos que se é para viver só do artesanato não dá, mas ajuda financeiramente sim, ajuda bastante. Aqui é bom, porque a gente acaba divulgando também, os clientes vem, olham, não compram hoje, mas acabam voltando, fazendo encomendas. Aqui, se eu não tenho, a colega tem, somos bem parceiras.”
Terezinha Renck, artesã.
“Esse ano está bom, a gente sempre vende. Eu trabalho com bastante jeans reciclado, faço tapete, jogo de banheiro. Eu aproveito muito material, para fazer as minhas coisas. Essa oportunidade vale a pena nessa época do ano, porque a gente demonstra trabalho, aqui é uma janela, tu consegue mostrar teu trabalho, vende bastante também e se precisar faz as coisas aqui. A gente traz a máquina e produz aqui se precisar. É bem importante, aqui já é tradicional essa feira, todo ano a gente vem… é prazeroso.”