Ele tem 62 anos e uma vitalidade de um jovem. Sempre com um sorriso no rosto, há anos ele enfrenta as dificuldades causadas por uma lesão que acabou comprometendo a sua locomoção. Carlos Augusto Machado da Silva, ou seu “Gudão”, como é conhecido na comunidade, foi diagnosticado com coxartrose, uma patologia que atingiu o seu quadril e prejudicou o desenvolvimento das cartilagens.
Mesmo com o desgaste identificado, seu Gudão acredita que essa lesão pode ser resultado de ter jogado muito futebol quando era mais novo, além de se agravar após um acidente, que sofreu há seis anos. “Eu joguei futebol quando era mais novo, corri muito atrás de bola, pode ser que tenha machucado naquele tempo e eu não tenha percebido, fui no médico e ele me disse que era apenas uma luxação” conta. “Aí em 2015 eu sofri um acidente, um carro me atropelou, achei que tinha quebrado, mas não. Só que com o passar do tempo a dor foi piorando. Fui no médico de novo e eles falaram que eu estava com coxartrose”, lembra.
Morador do bairro Recreio, quando precisa ir em algum lugar distante da sua casa, seu Gudão conta com a ajuda da família, no entanto, ele relata que quer comprar uma bicicleta elétrica para poder se locomover melhor e realizar tarefas simples do dia a dia. “Para mim ir até o Centro de a pé leva uma eternidade. Tenho que ir parando. Então essa bicicleta é para isso, para eu conseguir me locomover sem ter de depender sempre de alguém da família”, explica.
A RIFA
Para conseguir comprar o meio de transporte, juntamente com sua família, seu Gudão resolveu elaborar uma rifa no valor de R$ 3,00, que tem como prêmios: 1° R$ 200,00; 2° R$ 120,00 e 3° Prêmio R$ 100,00; Os números estão disponíveis e podem ser adquiridos com o próprio seu Gudão ou com familiares.
Marcos Machado, um dos irmãos, também está disponibilizando o número (51) 995522303 para a venda dos números via pix através da chave [email protected]. Interessados em ajudar podem fazer contato por telefone e combinar a transação e envio do comprovante.
Espera pela SUS
Gudão conta que desde o diagnóstico em 2018, foi informado que apenas uma cirurgia poderia resolver o seu problema. Contudo, mesmo encaminhando a documentação e exames necessários para a realização do procedimento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), ainda não foi chamado. “Soube que todo mundo que fez essa cirurgia melhorou 100%. Com ela não vou mais precisar usar muletas, que hoje não posso ficar sem. Tem gente que até corre”, conta esperançoso.