Região – Durante uma coletiva de imprensa concedida no Chile, onde o governador do Estado, Eduardo Leite, cumpre uma extensa agenda com empresários daquele país, o governador revelou que pretende repassar para a iniciativa privada uma série de rodovias, atualmente sob a responsabilidade do governo estadual. Na região, seriam impactadas diretamente a RS-115 e a RS-239. Conforme anúncio do início de 2019, a RS-020 ficará de fora deste pacote articulado no Palácio Piratini.
As duas rodovias (115 e 239) são importantes e fundamentais estradas, e é por elas que escoa parte da produção de todos os municípios do Paranhana, Serra e até mesmo do Litoral Norte. Atualmente, existem pedágios consolidados em Três Coroas, Santo Antônio da Patrulha e em Campo Bom, no Vale do Sinos.
Conceder para a iniciativa privada as estradas atualmente gerenciadas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), fatalmente, poderia implicar na implantação de novas praças de pedágios (o que ainda é prematuro afirmar, pois ainda não está claro quais serão as condições que o governo gaúcho estabelecerá nas futuras concessões, que sequer, possuem uma data para ocorrer).
AMPARA PEDIRÁ
ESCLARECIMENTOS
AO GOVERNO
O prefeito de Igrejinha, Joel Wilhelm, que é o presidente da Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (AMPARA), revelou que buscará informações sobre a eventual concessão à iniciativa privada da RS-115 e RS-239. “Buscaremos informações com a própria EGR e o Governo do Estado e colocaremos o tema em pauta, em julho, na próxima agenda da AMPARA”, cita.
Prefeito Joel avalia anúncio
Após receber a informação da intensão do governo gaúcho o prefeito, Joel Wilhelm, relembrou que o pedágio já existe hoje. “Para emitir uma opinião mais robusta, somente obtendo acesso ao plano de investimento. Uma coisa é fazer, simplesmente, uma privatização de uma rodovia. Outra coisa é fazer uma privatização de uma rodovia que contempla um projeto de ampliação de estrutura, com projeto de duplicação, de novos acessos e novos investimentos. Analisando toda essa questão de custo-benefício, aí tem que fazer uma análise um pouco mais direta. Por enquanto, são informações preliminares sem um embasamento. Privatizar por privatizar, não acho interessante. Agora, privatizar com planejamento de investimento, com duplicação da rodovia e outros benefícios de segurança, aí precisa se fazer uma análise”, analisa o prefeito Joel.
Prefeito de Parobé analisa a proposta do governador
- No entendimento do prefeito de Parobé, Irton Feller, é necessário analisar a situação financeira do Governo do Estado. “Eu não sou contrário às concessões. O Estado, efetivamente, não é porque não queira, é que não tem recurso para fazer e não tem maneira de fazer melhoria nas rodovias. Temos que entender que o Estado está em uma situação dificílima. Se quisermos melhorias nas estradas, iluminação, alguma duplicação e melhoria da pista de rodagem, não tem outra saída que não seja a estrada pedagiada, e claro, que se for pedagiada pela iniciativa privada, vai ter que ter a cobrança de um pedágio. E vai ter que ter contrapartida disso”, avalia o prefeito, que ainda observa mais questões pertinentes. “Isso tudo bem delimitado (se referindo ao contrato de concessão), bem traçado, com as melhorias estabelecidas e regulamentadas e com o limite da cobrança que não possa ser excessiva, e que não seja escorchante, eu acho que não tem outra alternativa e sou favorável”, disse o prefeito.
Irton Feller ainda reforçou que antigas solicitações do município para o Governo do Estado e a EGR, ainda sequer foram atendidas. “Não temos iluminação em praticamente nenhum ponto da nossa área. Solicitamos há anos uma passarela entre a Bibi e a churrascaria Vitória, que sequer fomos respondidos”, lamenta o prefeito.
Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini e EGR/Divugação