Região – Em paralelo à pandemia do novo coronavírus, o Rio Grande do Sul tem a tarefa de enfrentar outro problema: a dengue. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), este ano a doença já fez seis vítimas no estado, o que representa o maior número de mortes pela doença desde 2010. Das 3.160 pessoas infectadas no RS, 2.784 contraíram a dengue em território gaúcho, conforme a SES.
Embora o Vale do Paranhana não registre nenhum caso confirmado ou suspeito, os municípios têm intensificado ações de combate ao mosquito transmissor. Em Três Coroas, a Vigilância Sanitária encontrou 44 larvas do Aedes Aegypti desde o início do ano. O levantamento é feito em todos os bairros da cidade, nos chamados Pontos Estratégicos (PEs), conforme a secretária de Saúde Carla Cristina Muller. “Esse trabalho não parou com a pandemia. A dengue continua e se o monitoramento não for feito, a cidade pode ficar infestada”, alerta. A secretária explica que pela preocupação prioritária com a Covid-19, a comunidade têm deixado em segundo plano os cuidados contra o mosquito.
Taquara não detectou focos do mosquito este ano, mas integra lista de municípios infestados
O município é considerado zona infestada porque é preciso ficar um ano sem registrar focos do mosquito para sair da lista, de acordo com o coordenador do Programa Saúde na Escola, Levi Metanoya. “Já se passaram sete meses desde que foi encontrada uma larva em um dos bairros”, explica. Atualmente são oito agentes que trabalham diariamente combatendo endemias na cidade, através de vistorias e conscientização da comunidade.
Mosquito está presente em Parobé
Além do trabalho feito diariamente pelos 26 Agentes Comunitários de Saúde que atuam na linha de frente em Parobé, desde 25 de maio são realizados mutirões de combate ao mosquito transmissor da dengue. Conforme o coordenador da Vigilância em Saúde, Maurício Corrêa, a ação se repete todas as segundas-feiras, em diferentes bairros, e consiste na orientação sobre os cuidados para evitar um terreno fértil para multiplicação dos organismos. “Os agentes também fazem coletas de larvas quando encontradas para servir como estatística de como está a infestação do mosquito”, explica. Ainda não há números concretos sobre a quantidade de focos encontrados na cidade porque o trabalho estava suspenso devido ao coronavírus, conforme Maurício. No entanto, ele ressalta que nos dois primeiros mutirões foram encontradas larvas do mosquito. “Vale salientar que, pelo Ministério da Saúde, Parobé já é considerado infestado desde 2015, porém não há circulação do vírus”, conclui.