Os volumes de chuva registrados no começo da semana, em especial, entre segunda e terça-feira, no Vale do Paranhana, deixou as corporações da Defesa Civil dos municípios, em alerta quanto as condições climáticas e os reflexos nos níveis de arroios e rios da região. Mesmo diante uma trégua na chuva propriamente dita, na quinta-feira (7), as atenções continuavam voltadas, em especial, para os rios Paranhana e Sinos. Até o fechamento da edição, não havia o registro de nenhuma residência afetada pela cheia e nem mesmo famílias desabrigadas ou desalojadas em nenhum dos municípios da região.
Em Parobé, a situação mais crítica das chuvas observadas nos últimos dias aconteceu na terça-feira (5), após expressivos volumes observados no começo daquela semana. “O nível do Rio Paranhana sobe e desce muito rápido, com toda a chuva que teve, que chegou a 11 milímetros entre segunda e terça-feira, a água chegou no limite da calha. Até chegou a sair um pouco do leito, por uma hora, mas não chegou a atingir nenhuma residência”, explicou o secretário de Segurança, Defesa Civil, Cidadania e Mobilidade Urbana, Carlos Freitas, que esteve acompanhando o monitoramento do rio nos bairros Mariana e Paraíso.
Estrada interditada e
deslizamentos também foram registrados ainda em Parobé
Em Parobé, ainda houve registros de deslizamentos, sem feridos, na rua Bogotá, enquanto na estrada Beira-Rio, aconteceu um ponto de interdição na via, em razão do transbordo de um arroio no local. Não houve prejuízos em propriedades. Já na manhã de quinta-feira (7), o nível do Rio Paranhana já havia descido aproximadamente dois metros. Segundo Freitas, com o cessar da chuva apontado na previsão do tempo, não há mais risco de cheia nos próximos dias.
Informações relacionadas quanto a situação na região do Paranhana
Rolante
Devido às chuvas registradas no começo da semana houve apreensão por parte dos moradores da cidade com os níveis dos rios Areia e Rolante. Assim como previsto pela Defesa Civil, os volumes de água se estabilizaram ainda durante a terça-feira (5), portanto, permaneceram dentro do nível não implicando em enchentes. A comunidade do município ainda lembra com tristeza da cheia dos dois rios, em 2017, atingindo em torno de 15 mil pessoas.
Riozinho
Em Riozinho, município vizinho, os níveis dos rios são considerados preocupantes. A Secretaria de Obras, mesmo com chuva, trabalhava na manhã de quinta-feira (7), a fim de manter a limpeza de bueiros e em valetas. Já em pontos de Alto Riozinho, a Defesa Civil esta semana monitora diariamente a situação. Houve o registro de pequenos desmoronamentos, entretanto, não deixando feridos, nem resultando em danos maiores.
Taquara
Em Taquara, se por um lado a situação do Rio Paranhana não preocupava, de outro, o Rio do Sinos ganhava atenção especial da Defesa Civil. “Há muita água acumulada e faz com que o Sinos suba e este sempre custa para baixar. Em uma medição às 7h 30 da manhã (dia 7), o rio estava em seis metros acima do nível”, declarou coordenador da Defesa Civil de Taquara, Paulo Ricardo de Mello. Caso continuasse subindo por mais alguns metros, a água poderia atingir o bairro Empresa. Até o fechamento da edição não havia a informação de pessoas desabrigadas ou desalojadas.
Igrejinha
Um deslizamento de terra foi registrado no bairro Viaduto, próximo a Rua Plínio Salgado. Segundo a Defesa Civil, ao todo houve uma ruptura de solo de aproximadamente 1.400 metros de terra. Nenhuma residência foi atingida e ninguém ficou ferido. A construção de um pavilhão acontece no local. Já um trecho da Estrada Edgar Willy Wolff, na Serra Grande, apresentou erosão.
Ponte segue bloqueada
Em virtude de deslocamentos e danos na rampa da ponte da Estrada Velha, no lado de Parobé, que faz a divisa entre os municípios de Parobé e Taquara, está interditada desde o dia 1° de novembro. Os danos sofridos na viga de suporte da rampa foram observados ainda antes das chuvas.
Uma estrada de chão chegou a ficar alagada Foto: Defesa Civil de Parobé
Erosão ocorreu próximo de uma construção no bairro Viaduto, em Igrejinha Foto: Defesa
Civil de Igrejinha
Água próxima de casas