Se no Rio Grande do Sul os índices de proliferação do mosquito da dengue deixam o Estado em alerta com relação às ações de prevenção e redução dos números, em Riozinho há o que se comemorar quando se fala do assunto. Isso porque há um ano, os agentes de saúde e de endemias da Secretaria Municipal de Saúde não localizam larvas do mosquito transmissor da dengue na cidade.
Para o secretário responsável pela pasta, Ramão Corso, o acontecimento é reflexo de um trabalho árduo realizado na cidade pelos profissionais de diversos setores da prefeitura. “Realizamos ações diretas nos pátios, ações educativas nas escolas com participação das secretarias de Educação, Cultura e Desporto e da Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente, ação rápida no trabalho de aplicação de inseticida nos bairros, e isso fez com que atingíssemos esse período sem amostra do Aedes aegypti encontrada”, cita.
No município, no total, são dois agentes de endemias e 11 agentes de saúde que colaboram em mutirões contra a dengue, realizados periodicamente na cidade, com o intuito de instruir os moradores e averiguar possíveis focos de criadouros do mosquito.
Ainda que o momento seja classificado como uma vitória pelo secretário Ramão, o assunto é tratado com cautela. “Sabemos que mais dia menos dia podemos encontrar larvas de novo. Que podemos ter transmissão dentro do município, mas para nós esse um ano sem larva é uma vitória, porque o mais comum é ocorrer em um ano e no outro estar infestado, mas não temos nem caso confirmado da doença”, relembra.
Portaria autoriza
Mais do que contribuir com a retirada de itens que possam atrair os mosquitos, a autorização da entrada dos agentes nas residências também é considerada fundamental nesse processo.
“Faço questão de ressaltar a importância das pessoas permitirem a entrada do agente de endemias para fazer estas vistorias, pois são profissionais capacitados para isso e podem identificar algo que, por vezes, pode passar despercebido pelos moradores, como, por exemplo, a limpeza de uma calha”, cita Ramão. “É importante e existe uma portaria do Estado que respalda esse trabalho. De que se uma situação gerar uma emergência sanitária, nós podemos entrar. Mesmo com força. O que não queremos que aconteça”, finaliza.