Rolante – A partida mais aguardada por todos os gaúchos tem um tempero especial na cidade do Vale do Paranhana.
O que começou como uma simples aposta entre Mima e Jaime Klein, hoje reúne cerca de 20 pessoas, entre jovens e adultos, tornando-se popular, e servindo de exemplo para outros municípios gaúchos.
A essência da competição reside na rivalidade entre os torcedores dos grandes clubes do Estado, como Grêmio e Internacional, Caxias e Novo Hamburgo.
No último ano, o Grêmio sagrou-se campeão, obrigando os torcedores colorados a puxar a carreta dos gremistas. No entanto, a dinâmica pode variar a cada edição, com os papéis se invertendo de acordo com os resultados dos jogos.
A Puxada da Carreta de Rolante também já recebeu a participação de outros clubes como evidenciado em 2017 pela presença do Novo Hamburgo.
Tradicional evento ocorre todos os anos desde 1989, sempre na final do Campeonato Gaúcho; os derrotados na competição estadual puxam os vencedores em cima da carreta
Tradição de avô para neto
Os avós veem a Puxada de Carreta de Rolante como mais do que uma simples competição ou evento de entretenimento; é uma oportunidade para passar adiante valores e tradições profundamente enraizados no Rio Grande do Sul. Eles não apenas ensinam os netos como puxar uma carreta, mas também destacam a importância da união, do respeito pelas tradições e do amor pelo futebol gaúcho.
Enquanto torcedores se reúnem para celebrar seus times e competir nas puxadas, os jovens torcedores também participam, conduzindo a mini carroça. Eles representam o futuro da tradição, assumindo o papel que hoje é dos pais e, antes deles, dos avós.
Essa sucessão geracional é o segredo por trás da longevidade das festividades, que já ultrapassam três décadas de história.
Por Kainã Bohn