A cidade de Rolante busca recursos para a abertura de uma nova estrada que visa amenizar problemas pontuais dos moradores em dias de chuvas excessivas e, consequentemente, enxurradas. Não foram uma, nem duas vezes que o município do Paranhana se deparou com a área central alagada e acessos bloqueados.
Em junho, durante a passagem de um ciclone extratropical que afetou a região, inundações foram registradas e a cidade ficou praticamente ilhada; moradores tiveram dificuldades para chegar ou sair de Rolante. Levando em conta a localização geográfica e a topografia do município, é iminente que uma situação semelhante volte a acontecer, querendo ou não.
Para prevenir isso, a prefeitura já encaminhou um projeto para o Estado solicitando recursos para a abertura da nova estrada, que se tornaria uma alternativa de entrada e saída do município. “O projeto executivo já mandamos para o Estado e já está tramitando. Hoje é a principal obra que projetamos na cidade, é um problema que afeta a todos”, disse o prefeito Pedro Rippel.
E qual será o trajeto?
“Todo mundo fica ilhado aqui quando acontecem fenômenos assim, com muita chuva”, pontua Rippel. O trajeto seria de cerca de 1,8 quilômetros e não contaria com travessias, afirmou o prefeito. “A estrada iniciaria na rua Bernardo Henrique Bohlke Filho (Centro), seguiria na direção da Estrada Morro da Antena; e sairia na rua Armando Balduino Gutheil (Santo Antônio)”, contou o engenheiro responsável pelo projeto, Guilherme Müller.
A cidade recém terminou a contabilização dos estragos do último mês (aproximadamente R$ 19 milhões). Com relação à nova estrada, que não tem prazo para que saia do papel, Rippel estima um custo de aproximadamente R$ 7 milhões. “Como é uma região de morros e necessita contenção, torna-se uma obra cara. Espero que com toda a situação que tivemos em junho, se tenha uma sensibilidade para a aprovação deste projeto”, conclui Rippel.
Os transtornos foram vários
Rolante ainda corrige os estragos do ciclone de junho. A enxurrada que atingiu a terra da Kuchenfest, mais que imagens impressionantes, danificou pontes no Centro e em bairros, assim como comprometeu o acesso a localidades do interior. Casas e estabelecimentos comerciais, assim como ruas, ficaram completamente alagadas. Também houve danos na pavimentação. No pico das cheias de rios e arroios, ficou impossível transitar no Centro da cidade.