por JAURI BELMONTE
Taquara – Professoras de Taquara foram destaque durante o VI Edição do Prêmio Professor Inovador de 2023. A premiação, promovida pela Faccat e pela Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara) reconheceu docentes que promovem projetos pedagógicos diferenciados e que impactam alunos da educação infantil, e dos ensinos fundamental e médio.
Mas, afinal, o que levou a educação taquarense a ser destaque?
A resposta poderia ser conhecimento e dedicação. As professoras Eduarda Gheller e Bárbara Sparrenberger, que se destacaram na etapa municipal, nas categorias anos iniciais e ensino médio, respectivamente, também se destacaram na etapa regional – que abrangeu as outras cidades do Vale do Paranhana.
Eduarda, docente da EMEF Arlindo Martini, ficou com o 1º lugar geral, com o projeto “Cultivando amor, colhendo respeito”, que teve o objetivo de valorizar as manifestações artísticas e culturais dos diversos povos do Rio Grande do Sul, dando ênfase à população negra e também à indígena.
Já Bárbara, da Escola Estadual de Ensino Médio Dirceu Marílio Martins, foi reconhecida com o melhor trabalho na categoria ensino médio, com o projeto “A contribuição do jogo matemático africano na aprendizagem dos estudantes, por meio da mediação: promovendo valores civilizatórios”, que buscou destacar a cultura da África, e a relação desse continente com o Brasil, para além da escravidão. O projeto foi realizado com estudantes do primeiro e do segundo ano do ensino médio.
Metodologias diferentes
Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Arlindo Martini, que fica na localidade de Morro Negro, a professora Eduarda conta que tudo começou com um convite para participação nos Festejos Farroupilhas do Paranhana. “Resgatamos estas histórias por meio de pesquisas. Trouxemos referências importantes, como os Lanceiros Negros e a origem do consumo da erva-mate e do churrasco em nosso Estado, herança dos povos indígenas do Rio Grande do Sul”, explica. Na apresentação, os alunos conquistaram o 1º lugar na categoria Anos Iniciais, do Recanto Cultural, concurso de apresentações de música e dança. Também teve a produção de um curta-metragem.
Já a docente Bárbara, trabalhou com a criação de um jogo matemático, para destacar a cultura africana e abordar a temática da escravidão. “Foi uma forma de conscientizar os estudantes sobre a discriminação racial. E os resultados foram além do esperado”, ressalta. “Momentos como este, com materiais mais lúdicos, estimulam mais a aprendizagem”, completa Bárbara.
“É um reconhecimento merecido para todos os professores que se inscreveram e desenvolvem os seus trabalhos, buscando inovação e o melhor para seus alunos. Ainda mais quando falamos da diversidade étnica e cultural do nosso Estado” – Eduarda Gheller, professora premiada.
“Vejo essa premiação como um incentivo aos professores da região. Pois além de reconhecer meu projeto, também conseguimos mostrar e levar adiante um tema tão importante para a sociedade, que são as questões étnico-raciais” – Bárbara Sparrenberger, professora premiada.
“É através da educação que nós conseguimos mobilizar nossas crianças e adolescentes para que se tornem grandes cidadãos. Parabenizo as duas professoras premiadas, e também aos demais docentes reconhecidos de Taquara e região” – Sirlei Silveira, prefeita de Taquara.
“Isso nos deixa felizes. Especialmente pelo envolvimento dos nossos professores, gestores e coordenadores, para que tivéssemos inscritos trabalhos de qualidade, relatando experiências e vivências inovadoras em nossas escolas” – Carla Silveira, secretária de Educação de Taquara.