Região – A Semana Nacional do Trânsito aconteceu de 18 a 25 de setembro. Durante este período, os municípios, em parcerias com o Departamento de Trânsito e demais órgãos de segurança, promoveram inúmeras atividades com o principal intuito de orientar a população, seja pedestres, motoristas ou ciclistas.
A reportagem do Grupo Repercussão conversou com algumas lideranças da região para saber delas, que vivem a realidade do trânsito da região, o que é preciso mudar para que tenhamos um trânsito mais seguro para todos.
O diretor da divisão de Trânsito e Transporte de Campo Bom, tenente Paulo Del Cueto, cita a falha humana como uma das principais causas de tantos acidentes e mortes nas estradas. “A violência no trânsito é uma das principais causas de morte entre os jovens no mundo. Neste mesmo contexto, o Brasil, em se tratando de trânsito, é um dos mais violentos do mundo.
As causas podem ser as mais diversas que possam existir, mas a principal é o fator humano”, disse ele, citando que a educação é a saída para mudar essa realidade. “Temos que investir em educação no trânsito, não só do motorista, mas de todos que fazem parte: motoristas, ciclistas e pedestres. Para que respeitem a sinalização e cumpram as regras de trânsito, porque juntos salvamos vidas”.
Mudança de pensamento
O chefe da Guarda de Trânsito de Sapiranga, Sidnei Soares, fala sobre a mudança de comportamento. “E de todos os envolvidos: pedestres, ciclistas, motoristas, passageiros…priorizando a segurança. Cada um precisa ser responsável e agir de forma preventiva. Estamos realizando diversas atividades educativas e observamos muitas pessoas sem o cinto de segurança, usando o celular, passando no sinal vermelho e, infelizmente, na maioria das vezes o condutor se preocupa com o valor da multa e não pensa nas consequências de suas atitudes”.
Cuidados para preservar vidas
A diretora de trânsito de Taquara, Luciana Angeli, trabalha há anos na área e acredita que as pessoas precisam mudar o comportamento para que o trânsito se torne mais seguro. “Precisamos pôr em prática as regras que aprendemos no CFC, precisamos ser pessoas melhores, mudando nosso comportamento no trânsito, afim de preservar vidas, tendo mais atenção uns com os outros. Além de outras questões, como não utilizar celular na direção, usar cinto de segurança, usar capacete ao andar de moto e manter distância segura entre veículos em vias de trânsito rápido. São cuidados que salvas vidas”, disse ela, citando que durante a Semana do Trânsito foram realizadas ações educativas nas escolas. “Escolhemos as escolas porque sabemos que as crianças serão multiplicadoras”.
PRE exalta educação nas escolas
O Comando Rodoviário da Brigada Militar acredita que a grande mudança para um trânsito mais seguro está ligada à educação. O sargento Luciano Werle destaca que a educação para o trânsito deveria fazer parte do currículo escolar. “Isso desde o ensino fundamental, pois trabalhando a questão do trânsito como disciplina, com as crianças e jovens, estes certamente se tornariam pedestres e motoristas mais conscientes e, em consequência, o trânsito se tornaria mais seguro para todos”, disse ele. Acreditando na educação, o Comando Rodoviário tem a Escolinha de Trânsito, cujo público-alvo são crianças e adolescentes, de 5 a 12 anos. Eles recebem noções sobre segurança e responsabilidade no trânsito com normas de circulação e conduta, tudo isto em um espaço lúdico utilizando carrinhos de brinquedo e bicicletas, simulando condução de veículos nas vias de trânsito.