Rolante – Só quem já precisou esperar horas ou até mesmo o dia inteiro para voltar de uma consulta fora da cidade sabe o transtorno causado pela falta de translados ágeis. Buscando uma alternativa para superar essa dificuldade, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Rolante vem operando um sistema regional de remoção de pacientes, que integra prefeituras, hospitais e ambulâncias.
A regionalização se deu a partir da criação dos bombeiros voluntários de Riozinho, que passaram a fazer a gestão do transporte hospitalar do município, e deve avançar para Três Coroas assim que houver a regularização da situação da corporação. “Rolante e Riozinho já estão com este trabalho integrado, através do sistema informatizado de remoções, interligando hospital, Secretaria de Saúde e nós. Todos podem lançar as remoções no sistema e cada um consegue ver o que é e para onde é, podendo prestar apoio”, explica o comandante Leandro Gottschalk, responsável pela corporação de Rolante.
O comandante ilustra: “Se houver uma alta de um morador de Riozinho que estiver em Porto Alegre, não vamos precisar mandar uma viatura se já estivermos com outras por lá. Elas já fazem essa remoção, desde que a ambulância tenha equipe preparada e condições para isso. A gente ganha tempo, economia de combustível e consegue agilizar o tempo de retorno.”
Algo simples, mas que antes não era realizado
Leandro frisa que é uma operação simples, mas que antes não acontecia pois cada município tem sua gestão individualizada.
A amplitude do trabalho integrado será maior com a agregação de Três Coroas, e as tratativas estão avançadas. “Assim que a gestão dos bombeiros de lá migrar para a associação, a conversa é de que eles estão dentro”, diz o comandante, acrescentando que o sistema já está pronto para cadastrar o acesso do município.
O secretário de Saúde de Três Coroas, Dr. Tiago Arzeno Ferrão, contextualiza que o Hospital Oswaldo Diesel possui um serviço terceirizado para fazer os translados de casos graves.
“Quando sai do hospital em situação grave, é feito pela empresa pois precisa ter acompanhamento de um médico e um técnico. Com os bombeiros são os deslocamentos para exames, idosos que não conseguem caminhar, casos de menor gravidade, e esse apoio eles vão continuar prestando.”
As sete ambulâncias disponíveis entre Rolante e Riozinho possuem rastreador, o que impede os ‘passeios’, conforme Leandro, e também facilita a logística. “O sistema dessa forma se torna técnico, sem aquilo de prestação de favores”, conclui o comandante Leandro.