Após oito anos trabalhando na função de chefe de gabinete da Prefeitura de Igrejinha, Vinicio Jair Wallauer, recebeu recentemente a missão de ser o responsável por uma das principais pastas da Administração: a Secretaria de Saúde.
Conhecedor de todos os setores que compõem a estrutura administrativa, Wallauer iniciou um trabalho que, em princípio, era para ser temporário. Contudo, por motivos pessoais, após um período de afastamento, a antiga secretária Simone do Amaral não voltou ao cargo e ficou decidido a sua permanência.
Conforme o novo secretário, de início, o convite foi uma surpresa. “Em primeiro momento assustou um pouco, mas a gente já conhecia a equipe da secretaria, sabemos que são profissionais muito qualificados e cada setor tem um responsável que tem o seu domínio, então a gente decidiu aceitar esse convite”, conta.
Por outro lado, agora já adaptado ao novo cargo, Vinicio relata que mesmo iniciando com dias intensos em função da pandemia estar “bem forte”, como ele mesmo se refere, os dias têm sido mais tranquilos devido a baixa no número de infectados e hospitalizados. “Estamos sempre atentos, porque sabemos que podemos voltar a ter um surto, por isso, estamos sempre atentos e reiterando a importância dos cuidados”, pontua.
Secretário anuncia nova UBS do Centro
Ao grupo Repercussão, o responsável pela pasta também anunciou a construção de um novo posto de saúde do Centro. Atualmente, conforme Vinicio, os atendimentos são divididos entre o posto da vigilância em saúde e a secretaria, mas com a nova estrutura, os atendimentos serão concentrados todos no mesmo lugar.
Mesmo sem antecipar datas – de início e de entrega – o secretário revela que a ideia é iniciar a obra no segundo semestre deste ano e finalizar em aproximadamente um ano. Confira mais detalhes sobre a nova UBS na entrevista ao lado.
“A ideia é permanecer no mesmo caminho”
Entrevista – Vinicio Jair Wallauer/Secretário de Saúde
O que foi solicitado pelo prefeito Leandro, a você, agora como secretário?
Vinicio Wallauer: O que o Leandro solicitou foi que a gente seguisse trabalhando no mesmo sentido como vinha sendo feito o trabalho já na secretaria. Claro que vamos imprimir a nossa personalidade no trabalho, tenho as minhas ideias de gestão, mas sempre no sentido de seguir mantendo Igrejinha como uma referência na área da saúde, seguir os projetos que vinham sendo desenvolvidos nestes 8 anos, a maneira como se lida com a saúde. A gente vai seguir o mesmo caminho. Porém, cada gestor tem as suas ideias, sua maneira de trabalho e isso é uma coisa muito particular, mas a ideia é permanecer no mesmo caminho que já vinha sendo trilhado pela doutora Simone.
JR: Quais são as tuas principais metas à frente da secretaria?
VW: Hoje não há como fugir disso, o nosso foco principal é a pandemia. Nós estamos finalizando essa semana a vacinação da primeira dose para os grupos de idade e depois disso temos o desafio que é iniciar, tão logo for possível, tão logo tenhamos vacina, o grupo das comorbidades, que é um grupo grande e é um desafio maior, porque nas faixas etárias a secretaria precisava apenas fazer a busca ativa no sistema, gerar a autorização e entregá-la na casa das pessoas, para poderem vacinar nos drive thru’s. Agora é um pouco mais complicado, porque o público é grande, se calcula que em torno de 10% da população tenha algum tipo de comorbidade, então estamos falando de mais de 3 mil pessoas que têm alguma doença. Sabemos que a quantidade que temos recebido em cada remessa não é suficiente para vacinar esse grupo todo de uma vez, então nós vamos precisar de dias, talvez semanas, para vacinar esse grupo e teremos de elencar prioridades. É isso que a gente está buscando de acordo com as prerrogativas do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual, de buscar a maneira mais correta de executar esse plano.
JR: E os desafios? Dá para destacar um?
VW: Tivemos uma dificuldade nas questões de média e alta complexidade, que dependem do Estado regular, então nesses casos, muitos exames, muitas consultas ficaram paradas por causa da pandemia, mas no que depende do município, exames e tudo mais, temos mantido mesmo com pandemia porque sabemos que as outras doenças continuam, então esse também vai ser um desafio pós-pandemia, de buscar todos os atendimentos a nível de estado que ficaram para trás. Algumas especialidades já tinham uma demanda grande e agora com essa repressão de demanda, quando passar a pandemia, vamos ter muita gente com consultas atrasadas, com exames. Então, esse também é um desafio que teremos pela frente.
JR: No que diz respeito aos postos de saúde, alguma novidade?
VW: Inauguramos recentemente a nova ESF das Acácias. Estamos iniciando nos próximos dias a reforma e ampliação da unidade do Moinho, que também vai passar por todo esse trabalho que as outras unidades receberam. É outra unidade que vai ter mais de 300m², hoje está bem precária a situação do prédio, então a gente vai ampliar. Já temos o projeto pronto também, devemos nos próximos dias encaminhar para a licitação, a nova unidade de saúde do Centro. Será onde é a vigilância sanitária hoje. Ali teremos uma estrutura nova, com todas as especialidades médicas e odontológicas. Uma obra que realmente vai ficar muito bonita, no coração da cidade, bem na esquina da Castelo Branco com a João Corrêa e vai marcar a cidade pela beleza e pela funcionalidade. Por tudo o que vai oferecer. Todas as especialidades que hoje a gente meio divide, algumas coisas atendemos ali na unidade, outras aqui na secretaria. Então vamos ter um espaço novo, onde vamos concentrar os atendimentos e aqui no prédio da secretaria vai ficar apenas o administrativo da Saúde em primeiro momento.