Riozinho terá material de orientação para prevenir Febre Maculosa

Secretaria de Saúde de Riozinho. Foto: Prefeitura de Riozinho

por JAURI BELMONTE

Riozinho – Infecciosa, febril e com elevada taxa de letalidade. Essa é a Febre Maculosa, que é uma zoonose, ou seja, afeta humanos e outros animais e, na maioria das vezes, é causada pela picada de um carrapato – estes vetores infectados. No Vale do Paranhana, a cidade de Riozinho tem se posicionado por meio de Vigilância Sanitária e da Secretaria de Saúde nas redes sociais, apontando os sintomas da doença causada por bactérias da família Rickettsia, bem como seus sintomas (febre de início súbito, dor de cabeça e muscular, mal-estar, náuseas, vômitos e manifestações hemorrágicas, assim como manchas vermelhas na pele. A cidade não tem nenhum registro.

 

Entre os principais fatores de risco que aumentam as chances de contrair a infecção por febre maculosa estão os de viver em uma área onde a doença é comum, como locais rurais ou arborizados; ou também se um carrapato infectado se prender à sua pele, já que na hora de remover o parasita, o fluido que ele larga pode entrar no seu corpo por meio de uma abertura como o local da picada.

Ramão Corso, secretário de Saúde de Riozinho, frisa que o fato da cidade ter potencial turístico ecológico e rural, recebendo visitantes, traz a necessidade de manter tanto turistas quanto empreendedores orientados. “Estamos preparando um material junto com a Secretaria de Educação e Meio Ambiente, justamente para orientar a população e a comunidade escolar. Acredito que deva ficar pronto até o fim de julho. Nosso objetivo é, acima de tudo, orientar e prevenir”, explica Corso.

 

SES FAZ ALERTA

O Rio Grande do Sul tem feito o monitoramento com relação aos casos da febre maculosa. Ainda em junho, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) reforçaram que nunca houve registro letal da doença no Estado e de que, neste ano, também não há confirmação de casos.

No Brasil, existem diferentes cenários epidemiológicos associados à Febre Maculosa – e duas formas da doença. Uma delas, com alto potencial de letalidade, causada pela espécie Rickettsia rickettsii, e uma forma mais branda e não-letal, que é causada pela espécie Rickettsia parkeri. A forma mais perigosa tem ocorrência mais incisiva no Sudeste e, eventualmente, no Paraná, que é quando as pessoas apresentam febre e manchas hemorrágicas pelo corpo. Apesar de comum em quase todo o Brasil, o carrapato Amblyomma sculptum não é encontrado no Rio Grande do Sul, especialmente em decorrência do clima.