Região dobra o número de UTIs disponíveis diante da falta de leitos no estado

Ampliação temporária de leitos é de 90 dias. Foto: Matheus de Oliveira

Região – A região do Vale do Paranhana mais do que dobrou o número de leitos de UTI disponíveis nos últimos dias diante do recrudescimento da pandemia. Diferente da semana passada, que terminou com 20 unidades disponíveis, esta começou com uma ampliação para 43 vagas. As estruturas foram instaladas nos hospitais de Taquara e Parobé, com custeio pelo governo do Estado.

Em Taquara, os 11 novos leitos foram abertos no sábado (12). Os respiradores e monitores foram fornecidos pela Secretaria Estadual da Saúde (SES). “É uma contratualização de 90 dias, que, a depender da pandemia, poderá ser estendida”, diz o presidente da Associação Hospitalar Vila Nova, Dirceu Dal’molin. A entidade é a responsável pela gestão do Hospital Bom Jesus (HBJ).

As novas unidades de tratamento intensivo foram instaladas onde funcionava o bloco cirúrgico. Das 21 disponíveis, 11 são exclusivas para pacientes com coronavírus. Uma nova equipe de profissionais da saúde também foi contratada para atender à ampliação. A taxa de ocupação de leitos no HBJ, até às 15 horas de quarta-feira (16), era de 60% conforme a SES.

Taxa de ocupação da uti de Parobé
Até às 15 horas de ontem, dados da SES apontavam que a taxa de ocupação em Parobé era de 54,5%, com 12 dos 22 leitos sendo usados. Se considerado o modelo de distanciamento controlado do governo do Estado, a taxa de internação em UTI na região era de 57,1%, com 24 vagas utilizadas. Nos últimos sete dias antes da ampliação, o índice de ocupação oscilou entre 85% e 100%.

Parobé tem 12 novos leitos desde segunda-feira
Com isso, agora são 22 unidades no total. Com respiradores e monitores cedidos pelo Estado e demais equipamentos e mobiliário do hospital, a nova UTI tem habilitação temporária para 90 dias e foi instalada no andar no novo prédio do hospital, concluído recentemente. A estrutura foi montada no local originalmente projetado para a sala de recuperação cirúrgica. Foi necessária a contratação de cinco enfermeiros, 32 técnicos de enfermagem, além de reforços em áreas de apoio, como higienização, farmácia e nutrição e médicos para comporem a escala de atendimento.

O presidente da Associação Beneficente de Parobé, mantenedora do HSFA, Elois Selomar dos Santos, destaca o compromisso, competência e agilidade da equipe da entidade, que, a partir da sinalização da necessidade do Estado, conseguiu preparar tudo para o funcionamento da unidade em uma semana, um espaço de tempo considerado muito curto para tal estrutura.