Programa de emagrecimento saudável é desenvolvido por hospital de Igrejinha

Pacientes que estão internados no hospital junto com profissionais da casa de saúde Foto: Lilian Moraes

Igrejinha – Viver acima do peso nem sempre é uma escolha. Em muitos casos, em decorrência de doenças ou distúrbios alimentares, o sobrepeso acaba sendo um obstáculo na vida de pessoas que desejam apenas viver sem as dores causadas pelo excesso de gordura.

 

Em Igrejinha, um projeto inovador está sendo desenvolvido no hospital Bom Pastor, com o objetivo de contribuir para uma mudança no estilo de vida de pacientes com distúrbios alimentares, proporcionando assim, seu emagrecimento – necessário, em alguns casos, para a realização da cirurgia bariátrica.

 

No total, são nove pacientes que estão participando da primeira fase, sendo cinco em regime de internação e quatro ambulatoriais, que desenvolvem atividades acompanhadas pelos profissionais da entidade.

 

Cada paciente passou por uma avaliação e a equipe composta por psiquiatra, psicóloga, fisioterapeuta, educador físico, nutricionistas e uma equipe de enfermagem, trabalha os fatores necessários.
De acordo com a instituição, o intuito é tratar a obesidade, suas causas e consequências, acompanhada de uma reeducação alimentar.

Todos os nove atendidos foram selecionados junto à secretaria municipal de saúde, por receberem um acompanhamento da atenção básica de saúde. No entanto, o programa é desenvolvido pelo hospital e sua disponibilização após os 27 de dias de execução do projeto piloto vai depender de uma análise da casa de saúde igrejinhense. “Tendo sucesso, o Programa Vida Leve passará a ser um serviço oferecido pelo hospital”, destaca a assessoria de imprensa da casa de saúde.

Como surgiu a ideia do projeto

Ainda conforme a assessoria de imprensa, o projeto surgiu a partir do desejo da casa de saúde de ofertar novos serviços para a população. “Estamos sempre pensando em serviços novos que possam ser oferecidos à população, levando em conta as demandas”, explica a assessoria. “Um exemplo recente é o serviço de odontologia para pessoas com deficiência, que foi criado para atender a um vazio assistencial verificado em Igrejinha e na região e que hoje é oferecido através do Estado para 89 municípios. No Brasil, a prevalência de sobrepeso e obesidade cresceu de maneira importante nos últimos anos em todas as faixas etárias e em ambos os sexos”, pontua.

Diante desta realidade, o HBP se colocou como um agente de contribuição para a mudança deste cenário.

Quem vive o projeto

Vinicius Avila Soares, 26 anos. “O que me motivou foi a mesma coisa que me motivou a fazer a vakinha no início do ano. Foi entender que o meu jeito de viver já não estava dando certo. O jeito que eu estava vivendo me levaria à morte. Comecei em casa, mas vi que aqui seria a oportunidade de realmente mudar de vida. Viver intensamente uma mudança de vida.”

Elisete Schwartz, 56 anos. “A nutricionista Marília me convidou. Achei essa oportunidade muito interessante e, agora, participando estou achando mais ainda. É muito motivador. Tudo o que está sendo ofertado é muito interessante e é uma oportunidade única isso que nós estamos podendo viver aqui no hospital. Coisas que a gente não faria se estivesse lá fora.”

Andrea Jungton, 40 anos. “Também tenho problema de saúde. Diabete, pressão alta, colesterol e triglicerídeos. Sempre tive dificuldade para emagrecer. Fui convidada para participar do projeto e me incentivei. Está sendo muito bom. Estamos sendo muito bem atendidos aqui. São coisas que lá fora a gente não faria, não teria condições e está sendo uma experiência muito boa.”

Luciano Xavier Rodrigues, 45 anos. “Está sendo muito interessante. Eu tenho problema de saúde. De diabete e pressão alta. Estou com 145 kg e por conta do excesso de peso, estou tendo muita dificuldade de conseguir emprego. O hospital está dando bastante oportunidade para nós. Estamos fazendo caminhada e academia. Coisas que eu não fazia.”

Regis Charles da Silva Hoffmann, 27 anos. “Vim aqui para mudar de vida, ter um futuro melhor. Está sendo difícil, mas quero melhorar daqui para a frente. É uma experiência nova. Estou fazendo coisas diferentes, como exercícios físicos e atividades como oficinas culinárias, de comidas saudáveis, para fazer depois”.