Prefeitos do Paranhana pedirão que governo do RS reveja decisão de bandeira vermelha

Região – A notícia de que a região de Taquara obteve bandeira vermelha na atualização do modelo de Distanciamento Controlado do Estado causou surpresa aos prefeitos do Vale do Paranhana. Em suas redes sociais, os gestores manifestaram seu descontentamento com a decisão e afirmaram que pedirão ao governo para que a classificação passe por revisão. Para isso, uma reunião está marcada para as 10 horas deste sábado (04), na prefeitura de Parobé, com os chefes do Executivo das seis cidades do Paranhana, além de Cambará e São Francisco de Paula – que integram a região de Taquara. Também devem participar os secretários de Saúde e representantes do departamento jurídico dos municípios.

O prefeito de Igrejinha e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara), Joel Wilhelm, ressaltou que a região não concorda com a nova classificação. “Ficamos muito surpresos com a bandeira que fomos classificados. Os secretários de saúde estão mobilizados fazendo o levantamento de dados de cada município. Nosso departamento jurídico também já está trabalhando nesse sentido para montar essa defesa regional, para defender a permanência da bandeira amarela. Não concordamos com essa mudança já que a região não apresenta números para que isso pudesse acontecer”, enfatiza.

O prefeito de Parobé, Diego Picucha, se manifestou dizendo que “não entendemos nossos índices, tendo em vista o número de casos e o número de leitos disponíveis tanto em Taquara quanto em Parobé. Não entendemos esse pulo da bandeira amarela para a bandeira vermelha.”

Prefeito de Taquara, Tito Lívio Jaeger Filho ressaltou que a capacidade hospitalar da cidade está praticamente intacta. ” Entendemos que o governo tenha que rever essa posição porque embora tenhamos tido aumento de alguns casos de coronavírus, a nossa capacidade hospitalar continua praticamente intacta. No momento temos uma paciente, que utiliza um leito clínico, e em nenhum momento precisou de respirador. Inclusive, não apresenta nenhum sintoma grave”, explicou.

Régis Zimmer, prefeito de Rolante, manifestou que “mesmo Rolante tendo aumento de casos nos últimos dias, não temos registrados nenhuma internação e nenhum óbito. Entendemos que devemos recorrer pedindo o retorno para a bandeira amarela.”

Em nota, o prefeito de Riozinho, José Valério Esquinatti, demonstrou preocupação com a situação. “Nossa preocupação é em relação ao número de leitos oferecidos para tratamento em UTI. Estamos muito próximos da capacidade total de atendimento. Por isso, é preciso que as pessoas se conscientizem da gravidade da situação, pois até mesmo nos grandes centros, como Canoas, por exemplo, já há falta de medicamento nas UTI´s para tratar esses casos. O uso da máscara, assim como sair de casa somente em caso de extrema necessidade, é fundamental para enfrentarmos a pandemia”, disse.