Taquara – O acordo apresentado pela Prefeitura de Taquara em conjunto com o Estado do RS, Ministério Público Federal e Estadual para reabertura do Hospital Bom Jesus foi homologado pela Justiça no domingo (5) e a casa de saúde deve voltar a atender na próxima semana. Na direção, estará a Associação Hospitalar Vila Nova (AHVN), de Porto Alegre, que mantém hospitais na capital e uma unidade de saúde em Charqueadas. Conforme o presidente da associação, Dr. Dirceu Dal’Molin, as portas serão abertas entre os dias 14 e 16 de abril, e a promessa é oferecer uma gestão com qualidade e transparência.
Em um primeiro momento, todos os atendimentos e internações serão através do SUS. “Praticamente metade do hospital vai abrir nos primeiros dias. Vamos iniciar com 50% do quadro de funcionários. Vamos abrir os serviços de emergência, 20 leitos de internação clínica e 20 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI)”, afirma Dal’Molin. Inicialmente, a programação previa a abertura de 10 leitos de tratamento intensivo, mas na última semana o governador Eduardo Leite anunciou a decisão de abrir outros 10, visando reforçar o enfrentamento à Covid-19. O presidente Dirceu Dal’Molin afirma que em um cenário de agravamento dos casos, existe a possibilidade de instalação de outros 10 leitos, utilizando espaços do bloco cirúrgico.
Estrutura para funcionamento
Conforme Dirceu Dal’Molin, a estrutura para o funcionamento do hospital será “a mais simples possível”, contando com um diretor administrativo e um diretor clínico, além dos funcionários. Quem está escalado para a direção médica é o Dr. Jaime Guedes, médico que já foi prefeito de Charqueadas e já esteve à frente do hospital de Campo Bom. “É uma pessoa com grande conhecimento”, ressalta Dal’Molin. “A Vila Nova tem por hábito, todo dia 10, encaminhar aos órgãos responsáveis informações sobre o trabalho realizado no mês que passou, de onde veio o dinheiro e onde foi gasto. Vamos fazer essa comunicação mensal”, salienta o presidente. De acordo com ele, a instituição tem uma política de preços que estabelece os salários dos diretores e colaboradores. “Vai ser tudo transparente. Acho que a população está precisando disso”, destaca.
Ampliação da sala de espera e mudanças na área de internação estão nos planos
O presidente da AHVN esteve recentemente conhecendo a estrutura do hospital e afirmou à reportagem do JR que o local “está bem montado”. O que se pretende mudar é o espaço de internação e a sala de espera. “A internação tem alguns quartos muito apertados. Vamos ajeitar isso, utilizando o espaço dos leitos privados. Também está em andamento um projeto em conjunto com um arquiteto da Prefeitura para ampliar a sala de espera. Teremos um ambiente com 36 lugares”, projeta. Apesar das modificações, Dal’Molin enfatiza que não serão grandes obras.
Com a constatação de que o tomógrafo está estragado e tem um alto custo de reparo, a nova gestora optou por oferecer o serviço através de convênio. Além disso, outros exames como raio-x, mamografia e ecografia também devem funcionar já nos primeiros dias. “Queremos atender bem toda a população. Podem ter certeza que vamos fazer um ótimo trabalho”, afirma o presidente.
A nova entidade deverá trabalhar com orçamento próximo de R$ 2 milhões mensais, sendo R$ 366 mil repasses da Prefeitura e R$ 1,6 milhão do governo do Estado.