Há dois anos, o Centro Especializado em Lesões de Pele do Hospital São Francisco de Assis (CELP), promove encontros do Grupo de Amputados, que visa contribuir para a saúde mental e física dos frequentadores, com o intuito de colaborar para a reabilitação e possibilitar a inserção social dos amputados.
De acordo com a psicóloga que acompanha o grupo, Dayse Nunes, a ideia surgiu através do CELP: “No Centro de Lesões de Pele a gente atende pacientes com problemas vasculares e diabéticos, todos tem uma lesão devido a essas intercorrências e a gente batalha muito para que essa lesão seja curada, mas, infelizmente, as vezes não é possível né, e daí veio a questão de estar se fazendo a amputação… e o que a gente ia fazer com esses pacientes amputados? A gente precisava prestar uma reabilitação para eles, contribuir para a ajuda mental e física dele e aí, além de fazer uma avaliação aqui dentro do hospital, a gente dá continuidade no grupo”, comenta.
O primeiro encontro aconteceu em setembro de 2017 e desde então, o projeto trabalha diversos temas em um formato de bate-papo com profissionais como, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, médicos, além de pacientes que já tenham experiências para ser compartilhadas.
Inscrições para participar são gratuitas
Além disso, Dayse esclarece que as experiências dos pacientes são mais absorvidas pelos outros pacientes do que o que é repassado pelos profissionais de saúde: “Estudos comprovam que a informação que o profissional dá, não é tão absorvida quanto a que o próprio paciente está passando. Então a ideia do grupo é acolher e fazer eles se sentirem cada vez mais seguros”, afirma. As inscrições podem ser feitas através do 3543.5515, de forma gratuita.
Psicóloga comenta sobre o atendimento realizado
- Dayse explica que todos os pacientes amputados na casa de saúde parobeense são acompanhados no pré e no pós-operatório e também após a alta, sendo trabalhados tanto os aspectos emocionais antes do procedimento, quanto a adaptação dos pacientes a uma nova realidade.
Além disso, a profissional esclarece como funciona o acompanhamento dos pacientes desde o início do seu tratamento: “Os pacientes entram no CELP porque eles estão com alguma lesão, então nesse primeiro acolhimento eles recebem a avaliação da psicóloga, da nutricionista e da enfermagem. Quando os curativos não estão respondendo aos cuidados e ao tratamento o suficiente, ele é passado também pelo médico, quando ele passa pelo médico e o médico realmente avalia ele e chega à conclusão de que ele necessita fazer a amputação, a equipe entra em contato comigo novamente, então é marcado um atendimento ou no ambulatório para eu fazer o atendimento pré procedimento ou eles chamam na internação, porque daí o paciente já está internado no hospital e aí eu vou até o leito e faço a avaliação dele. Então esse é o primeiro acompanhamento, o início do tratamento”, disse a profissional.
De acordo com a psicóloga, o acompanhamento do grupo dos amputados acontece três vezes no ano, ou seja, trimestral e serve como uma espécie de identificação “É um momento que eles têm para se curtirem” explica.