Hospital de Parobé já investiu mais de R$ 16 milhões em infraestrutura

Espaço para doação ficará em ala inicialmente destinada à UTI neonatal do HSFA. Foto: Lilian Moraes

Nota da redação: Diferente do informado anteriormente, o HSFA não atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde, mas também atende pelo setor privado. Atualizado em 21/07 às 10h40.

Parobé – Ao longo dos últimos anos, o Hospital São Francisco de Assis (HSFA) tem realizado uma série de ampliações e reformas em sua estrutura física. Os investimentos em obras já entregues à comunidade e outras em andamento ultrapassam R$ 16 milhões, com fontes como emendas parlamentares e repasses de entidades e do Estado.

Diversas inaugurações e solenidades têm marcado os avanços na conclusão do prédio de cinco andares anexo à casa de saúde. Atualmente, apenas um pavimento não está pronto, mas deve ser finalizado até o fim de julho. “No novo prédio hoje funciona o centro cirúrgico, o centro de material e esterilização, a UTI, o auditório, o centro de parto natural e os 31 leitos de internação já concluídos e entregues no mês passado”, elenca o diretor João Schmitt. A obra em andamento, quando concluída, acrescentará mais 31 leitos.

A ala construída para comportar uma UTI neonatal no novo prédio também está finalizada, mas ainda é preciso investir na compra de um controlador de tensão. Há também a dificuldade de firmar contratualização com o Estado para o mantimento deste serviço de alta complexidade.

Outros investimentos recentes são a ampliação da emergência e a reforma na unidade de cuidados prolongados, que desde 2019 aguarda habilitação do Ministério da Saúde.

Diretor detalha números
Conforme Schmitt, foram empregados R$ 2,2 milhões no bloco cirúrgico, R$ 4 milhões nos 62 leitos de internação clínica (ainda em conclusão), R$ 1,9 milhões na UTI, R$ 8 milhões para a construção do prédio e instalação da obstetrícia, além de R$ 750 mil para a ampliação da emergência. “Aqui temos capacidade para dobrar nosso volume de serviços, se o Estado precisasse, pois o hospital foi projetado para isso. Mas, em função dos contratos, estamos tendo que enxugar serviços que são extremamente importantes para a população, como os curativos especiais”, pontua o diretor, citando que o hospital também deixou de ser referência em cirurgia vascular.

Atendimento privado
Como estratégia para garantir a sustentabilidade dos serviços ofertados através do Sistema Único de Saúde, o HSFA projeta atendimentos também de forma privada. Conforme Schmitt, o hospital está há sete anos com os mesmos valores de contrato com o Estado e com o Ministério da Saúde. “Passamos por um período de aumento de custos nunca antes visto na história recente. O preço do combustível, energia elétrica, alimentação, insumos de medicamentos, tudo está com muita elevação”, explica.

“Ainda não temos números, mas serão atendimentos nas especialidades que temos hoje, cirurgias gerais, cirurgias plásticas e obstetrícia, para começarmos a ter uma renda significativa para sustentar o SUS”, acrescenta.

Atualmente o hospital opera através do sistema público, com 17 especialidades médicas, e também no setor privado, sendo referência para toda a região.