Prestes a completar um ano de habilitação, o Centro Regional de Referência – TEAcolhe de Igrejinha, apresenta um trabalho consistente na região e que confirma a importância de uma orientação especializada para profissionais e familiares de pacientes com o transtorno do espectro autista.
Com uma equipe composta por neuropediatra e duas psicólogas, o CRR tem entre os seus principais resultados, o mapeamento da rede e estabelecimento de parcerias, visita técnica a locais de atendimento da pessoa com autismo, definição de estratégias para estabelecimento de pontos focais, entre outros, tudo para atender as comunidades dentro dos seus respectivos territórios, reforçando a máxima que o lugar do autista é em todo lugar.
Secretário apresenta dados
- Através de um levantamento feito pelo Centro Regional de Referência – TEAcolhe, o secretário de Saúde de Igrejinha, Vinicio Wallauer, detalhou números do trabalho já realizado na área de abrangência do centro ao Grupo Repercussão. São mais de 1000 pessoas impactadas por meio do serviço, nas oito cidades que compõem a 6ª região de saúde.
Confira os números abaixo:
Resultados quantitativos
32 Reuniões de equipe
12 Reuniões de Rede e de Matriciamento
1 Atendimento de Caso Refratário
19 Eventos
4 promovidos
12 externos
3 escola
+ 1190 pessoas impactadas
Inaugurado em Agosto
A Prefeitura de Igrejinha inaugurou oficialmente o Centro Regional de Referência – TEAcolhe em agosto deste ano. O projeto é uma iniciativa do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e, no município, conta com uma estrutura composta por uma sala de recepção, três salas de atendimento e uma sala de reuniões para receber os profissionais da saúde.
Com a implantação do projeto, Igrejinha estabeleceu uma rede de apoio para além dos limites da cidade, atendendo também, Três Coroas, São Francisco de Paula, Cambará, Rolante, Riozinho, Taquara e Parobé.
Na época, o prefeito de Igrejinha, Leandro Hörlle, manifestou a posição do município com relação ao momento, que celebrava a implantação do CRR na cidade. “Estamos felizes com este passo na saúde pública de Igrejinha, e nossa cidade, sem dúvidas, fará o possível para garantir a melhor estrutura para todos os interessados”, relatou.
Desafio do trabalho
Adriana Trindade é coordenadora do centro e fala sobre o desafio de se desenvolver um trabalho dentro deste contexto. “É muito grande, porque as políticas para pessoas com autismo estão em construção ainda. Temos uma legislação muito nova, então o centro vem com um desafio maior ainda porque muitas vezes as pessoas perguntam quantos pacientes nós atendemos e como faz para encaminhar pacientes para serem atendidos aqui”, contou. “E aí a gente precisa contar que somos suporte técnico. Somos uma equipe especializada, que vai fazer discussão de caso através do matriciamento e planos terapêuticos. Nós vamos qualificar a rede para que estes pacientes não precisem sair dos seus territórios, porque quando a gente cria um centro de atendimento regional temos que pensar em toda a acessibilidade, mobilidade”, concluiu Adriana, complementando que a ideia deste serviço é que os acolhidos não precisem sair dos seus territórios para receber um auxílio especializado.