Coluna Poder: Interventora do Hospital de Taquara demite diretora após acionar MPF

Uma grave acusação recai, novamente, sobre o Hospital Bom Jesus, de Taquara. A ex-diretora, Alexandra Camargo, esteve na Procuradoria do Ministério Público Federal, em Novo Hamburgo, para denunciar o não cumprimento dos contratos do Hospital com o governo do Estado em diferentes especialidades. O reflexo, segundo a diretora, seria a morte de pacientes que aguardam na fila ou acabam bancando o custeio destes exames com recursos próprios. O depoimento da ex-diretora denuncia o não atendimento nos exames de ressonância magnética, exames de cintilografias, biópsias de mama, próstata e hepática e tomografia computadorizada. “O não cumprimento do contrato prejudica o tratamento oncológico e outras especialidades, bem como os quantitativos dessas especialidades”, disse a ex-diretora no depoimento prestado ao MPF. Alexandra ainda denunciou que o tomógrafo existente dentro do hospital não está funcionando desde outubro de 2018, e está sem previsão de conserto, acarretando a fila de espera de eletivos, dos internados e das emergências.

As estatísticas de arrepiar apresentadas

O depoimento da ex-diretora coloca gasolina para um problema que todos sabiam que existia, mas faltava a comprovação com números. Eis que na denúncia, a diretora expôs dados alarmantes que podem ser conferidos na tabela ao lado. MPF deve buscar explicações me breve.

Ressonância magnética
64 pacientes aguardando na fila
5 falecidos
20 fizeram por conta
Contrato prevê 20 exames mensais

Exames de cintilografias
93 pacientes aguardando na fila
7 falecidos
27 realizaram por conta própria
Contrato prevê 30 exames de cintilografias mensais

Biópsias de mama, próstata e hepática
140 pacientes aguardam na fila
21 falecidos
33 já realizaram por conta própria
Contrato estabelece 20 exames mensais

Tomografia
168 pacientes agaurdam na fila
6 falecidos
37 fizeram por conta própria
Contrato prevê a realização de 155