Centro Covid de Taquara bate recorde de atendimentos desde o início da pandemia

Atendimentos aumentam diariamente no Centro Covid Municipal. Foto: William Coelho

Taquara – Com os casos aumentando, o atendimento no Centro Covid Municipal está ultrapassando os seus próprios recordes diariamente. Foram 238 atendimentos contabilizados na terça-feira, 2 de março, dia de maior número de atendimentos até agora. O segundo dia de maior movimento foi registrado na segunda-feira (1º), com 209 pacientes atendidos com suspeita de Covid-19, que já havia batido o recorde da segunda-feira (22), onde 207 pessoas haviam passado pelo atendimento das equipes médicas e de enfermagem que atuam no local.

Em um apelo à comunidade, na manhã desta quarta-feira (3), a secretária de Saúde de Taquara, Ana Maria Rodrigues, revelou a preocupação acerca do aumento de casos ativos do vírus e de óbitos registrados no município.

“A velocidade desta nova variante do vírus que está circulando é cinco vezes maior do que a Covid que circulou no ano passado. O agravamento do quadro evolui rapidamente. Anteriormente tínhamos o paciente idoso, com comorbidade sendo atingido, hoje inclusive temos 380% de aumento no RS da ocupação de leitos de UTI com pacientes entre 18 e 30 anos. Então é um paciente jovem que não tem comorbidade e que evolui rapidamente para o uso do oxigênio e entubação”.

Os números, em Taquara, demonstram e confirmam o que dizem os profissionais e técnicos da Saúde. Até a última atualização registrada ontem (2), no boletim Covid, estavam com o vírus ativo 185 pessoas e 117 pessoas suspeitas aguardavam o resultado. Em Taquara já são 70 o número de óbitos confirmados por complicações da doença. Se compararmos, no dia 25 de fevereiro, haviam 69 casos ativos e 65 óbitos, um acréscimo de 116 pessoas com a doença ativa e cinco mortes em cinco dias.

“Nossos movimentos hoje, enquanto Secretaria Municipal de Saúde, é para salvar vidas. E o mais importante de tudo é dizer que as pessoas não estão morrendo aqui em Taquara por falta de atendimento, estão morrendo tendo oxigênio, sendo entubadas. Estão morrendo porque a agressividade do vírus no sistema respiratório imunológico das pessoas jovens está sendo muito maior. Não vamos conseguir salvar todas as vidas, precisamos que as pessoas nos ajudem”, afirma Ana reiterando: “Precisamos reduzir a curva do contágio, a curva da circulação do vírus, a curva do óbito, de hospitais superlotados, não tenho leitos disponíveis hoje no hospital de Taquara. Temos 26 leitos e estamos com carga máxima”, revela.