Apresentado projeto para qualificar núcleo de saúde mental de Parobé

Planejamento é de que o CAPS AD tenha uma estrutura atrás da UBS Integração Foto: Lilian Moraes

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), de Parobé, deve receber em breve um reforço significativo para o atendimento dos seus usuários. Isso porque está sendo finalizado um projeto de instalação de um Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas (CAPS-AD), no sentido de viabilizar o atendimento ambulatorial aos pacientes que necessitam deste auxílio no município.
Conforme explica a enfermeira coordenadora do CAPS, Marili Bitencourt, a ideia é de que o espaço seja estruturado para o acolhimento destes pacientes, que seriam medicados, tratados e acompanhados por uma equipe e, no turno da noite, encaminhados para algum local indicado pelos profissionais.
Outro ponto apresentado no projeto é a viabilização de uma terapia em grupo, em que o método de hortoterapia seria colocado em prática e os próprios pacientes cultivariam os mais variados tipos de legumes. “A partir disso, poderíamos destinar esse cultivo para a venda e reverter esse recurso em capacitações, cursos ou viagens”, explica ela.
Atualmente, a cidade já recebe estes pacientes no espaço do CAPS. No entanto, a ideia do projeto é de que o atendimento para este público seja centralizado em um outro local, a fim de qualificar o atendimento. “Aumentou muito a demanda em função da pandemia. Por isso, queremos descentralizar, em virtude desse aumento expressivo, queremos ter um outro espaço que contemple esse público em específico”, explica a psicóloga Carla Woiciechovski.

Projeto que busca a independência do NAPIA

NAPIA, em Parobé Foto: Divulgação

Relatos de quem entende a realidade

Marili Bitencourt, enfermeira e coordenadora do CAPS. “Atendemos em torno de 6000 pacientes no CAPS. Eu diria que 90% são dependentes químicos e a demanda ampliou com a pandemia. O desemprego e a situação econômica pioraram muito, o que acabou resultando no aumento do uso de álcool e drogas, o que é muito sério. Sem contar no aumento de pacientes depressivos também”.

 

Carla Woiciechovski, psicóloga e coordenadora geral do NAPIA. “Infelizmente, a pandemia veio e esse carro-chefe [sintomas pós-covid] deixou destroços e nós, enquanto estrutura de saúde do município, falando da estrutura mental, temos a demanda aumentada significativamente. Os indicadores só aumentam e nós temos que fortalecer práticas de atendimento para poder dar conta da demanda que chega até nós”.