Taquara – O Hospital Bom Jesus tem passado por uma série de reviravoltas nos últimos dias. O caso se tornou público quando a ex-diretora, Alexandra Camargo, fez denúncias ao Ministério Público Federal (MPF) sobre irregularidades na gestão da entidade que está à frente do hospital, a Associação Beneficente Silvio Scopel. Entre os problemas acusados por Alexandra, está a falta de liberação de recursos para a casa de saúde, o que impede o andamento de diversos procedimentos. No depoimento a ex-diretora alertou ainda sobre as filas para ressonância magnética, biópsias de mama, exames de próstata e tomografia. Após a repercussão do caso, Alexandra foi demitida. O novo diretor administrativo, Rafael da Silva, comanda a instituição desde 4 de julho. O novo quadro diretivo tem promovido mudanças dentro da entidade, mas os problemas continuaram a se agravar depois que a situação foi parar no MPF. Os casos mais recentes dão conta de denúncias de populares contra médicos que deixaram de prestar atendimento após discutir com pacientes, alegando atraso nos salários.
Corpo Clínico quer punição
No dia 31 de julho o Corpo Clínico do hospital emitiu um comunicado público requerendo punições junto ao Conselho Regional de Medicina para os profissionais que estivessem agindo sob conduta antiética. A nota afirma que a Silvio Scopel está demitindo e/ou deixando sem pagamento os honorários devidos aos colegas que apresentam denúncias contra as irregularidades. Apesar deste cenário, a associação tem contratado novos quadros para assumir o posto de quem está sem receber pagamentos. O pedido de providências se baseia no Código de Ética Médica que assevera que ‘é vedado ao médico assumir emprego, cargo ou função para suceder médico demitido ou afastado em represália à atitude de defesa dos direitos legítimos da categoria…’
Lideranças opinam
Cristina David, Presidente do Conselho Municipal de Saúde
Sirlei da Silveira, presidente da Câmara de Vereadores de Taquara