Viabilizar a construção da nova Câmara de Vereadores é meta de Diogo na Câmara de Rolante

Foto: Arquivo/JR

 Rolante – Aos 33 anos o professor, Diogo Hennemann, assumiu o seu mais novo desafio: gerenciar a Câmara de Vereadores em dois momentos cruciais – o momento da construção do futuro prédio próprio da Câmara e a eleição municipal de outubro. Mas, pelo visto, Diogo não é avesso à desafios. É pós-graduado, desde os 18 anos é professor e com dois anos já frequentava o ambiente escolar ao lado da sua mãe. Agora, à frente do Legislativo, buscará dar ênfase aos processos de gestão e de transparência na Câmara de Vereadores. Desafios não faltam.

“Não dá para misturar política pública com partidária”

Entrevista – Diogo Hennemann (PDT),
pres. da Câmara de Ver. de Rolante

 Jornal Repercussão – Nessas primeiras semanas, o que o senhor conseguiu dar andamento para qualificar a gestão da Câmara?
 Diogo – Estou empenhado, e logo no início dos trabalhos, chamei o pessoal do site e pedi algumas modificações, para agregar mais conteúdos e consegui uma redução de valores no contrato de manutenção do site. Isso é gestão do recurso público.

 Jornal Repercussão – Qual a marca que você vai querer deixar à frente da presidência da Câmara?
 Diogo – Iniciei algumas alterações importantes. É a primeira vez que a Câmara vai ter ponto eletrônico. Através do ponto biométrico teremos o controle de frequência de uma servidora concursada, uma servente cedida pela prefeitura e mais dois CCs. Estou estudando reduzir ainda um assessor. Mas, em 2020, vai dar R$ 2 milhões o nosso orçamento.

 Jornal Repercussão – Como foi o período onde se cogitou a Câmara passar para o prédio da antiga CNEC?
Diogo – Viemos para cá para ter um prédio com acessibilidade. Em 2019, estávamos naquela indefinição de ter o antigo prédio da CNEC, ou não, ainda existe um pequeno processo jurídico, mas o prédio em si já é do município, e o presidente não quis esperar na época, pois tinha medo de que se o juiz iria dar ou não o prédio. Mas, antes disso, o presidente comprou um terreno. Nossa ideia era fazer a reforma da CNEC. Mas, o antigo presidente comprou o terreno, então, vamos dar prosseguimento ao processo de construção da Câmara. Vamos primeiro fazer a contratação do projeto e estamos em busca de orçamentos. Essa etapa inclui o projeto arquitetônico, estrutural, elétrico e sanitário e o PPCI tudo junto. Queremos contratar dentro de 60 dias e já depois se a legislação permitir, fazer o processo da contratação da empresa para a execução da obra. Caso contrário, essa contratação da empresa para executar a obra terá que ficar para outubro. Eu quero deixar esse processo pronto.

 Jornal Repercussão – O uso de diárias sempre é um tema que levanta controvérsias. O que deve ser feito para equacionar eventuais distorções?
 Diogo – Agora que estamos com o ponto biométrico, quero discutir com a Mesa Diretora, a questão de revermos as diárias. Quem sabe, fazer apenas o ressarcimento daquilo que é gasto, ou seja, só a despesa. E o que sobra, devolver para os cofres públicos e vai para o caixa único. Nesse período é complicado. Vou apresentar um projeto de Lei modificando a Lei Orgânica, mas preciso da aprovação da Mesa Diretora. Por isso, vou procurar dialogar com os demais vereadores sobre o tema.

 Jornal Repercussão – Quanto foi usado em 2020 em diárias?
 Diogo – Foi gasto R$ 14.000,00. Eu fui para a Alemanha, em uma visita técnica do município, onde tratamos sobre energias fotovoltaicas, a questão do lixo, entre outras questões. Fui com a aprovação dos vereadores e fiz questão que as diárias fossem colocadas em votação. Eu represento um Programa no município, o DEL, e eu era o representante da Câmara no Conselho de Desenvolvimento Econômico. Eu recebi esse convite e fui. Gastei muito mais do que eu recebi. Mas, a oposição sempre usa como arma. Não entendem o objetivo. Pedi que registrasse em ata que não usaria mais nada em diária. Depois assumi a secretaria de Assistência e não utilizei nenhum recurso também.

 Jornal Repercussão – O que mais pretende por em prática?
 Diogo – Pretendo criar um escritório no canteiro da obra da futura Câmara, em um local onde cada pessoa que passa na frente da obra, possa saber quantos % da obra andou, quanto foi gasto e qual é a projeção de gasto até finalizar o prédio. Quero fazer esse modelo de transparência e quero colocar um link no site da Câmera, onde cada pessoa possa acessar, além do portal da Transparência, o diário da obra, praticamente, instantâneo. Atualizar de dois em dois dias, colocar imagens, quem foi a empresa que venceu, para dar mais transparência possível, entre a empresa que vai executar o projeto para que as pessoas não digam, ah ganhou quanto para contratar esse? Sempre tem essas colocações levianas. Se der tempo ainda, quero abrir um concurso público.

 Jornal Repercussão – Como será a relação com o Executivo em um momento chave que é a eleição municipal?
 Diogo – Se não tivéssemos um bom entendimento eu e o prefeito, com certeza, não teria ocupado a a Secretaria de Assistência Social por 11 meses. Sou de confiança da coligação. Não dá para misturar e esse momento é o mais importante. Não dá para misturar política pública com partidária. O município necessita das votações e o prefeito manda projeto que precisa ser votado. Discutimos na Comissão de Constituição e Justiça, e o projeto vai para frente. Não vou sentar em cima. O PDT é da base do governo e se o Régis definir por ser o candidato à prefeito, vamos sentar com ele e vamos fazer uma coligação de novo.
O município está com as contas em dia, funcionários em dia, hospital em dia e estamos fazendo ampliações, a própria saúde que é algo defasado em todo o estado, estamos em dia. Estamos ampliando a compra de exames de sangue, ecografia. O prefeito está cortando na carne e reduzindo a folha de pagamento efetuando o enxugamento da máquina pública.