Transferência do pedágio de Campo Bom para Parobé pauta sessão da Câmara

Plenário da Câmara de Vereadores de Parobé. Foto: Eduarda Rocha

Parobé – Uma semana já se passou desde que o Estado informou a intenção de transferir a praça de pedágio de Campo Bom para Parobé com a concessão das rodovias, mas o assunto ainda está longe de ser esgotado. Na mesma esteira houve a confirmação de que a ERS-020, em Taquara, também terá cobrança de tarifas, deixando o Vale do Paranhana com pedágios em seus principais acessos. O tema foi assunto central na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Parobé desta terça-feira (22).

Para o presidente do Legislativo, Marquinhos (PDT), o anúncio foi uma surpresa. “Eu, como presidente, estou buscando mais informações a respeito deste anúncio para então me manifestar. Atualmente sou totalmente contrário à vinda do pedágio para nossa cidade. Nós não vamos pagar mais este preço. Até o momento só desvantagens ficam claras”, expressou em sua fala.

O colega de partido, vereador Betinho, assinalou que é um compromisso de cada parlamentar buscar reverter o quadro e convidou a população a participar de um abaixo-assinado para demonstrar contrariedade. Na mesma linha, o pedetista Leno Parobé ressaltou a necessidade de se analisar com calma a proposta. “Pelo que a gente percebe, não trás nada de positivo”, falou.

Vereadores pediram audiência pública

Autor da moção de repúdio ao projeto, aprovada por unanimidade na sessão da última semana, o vereador Dari da Silva solicitou à Mesa Diretora a realização de uma audiência pública para discutir os impactos econômicos do cercamento da região. Ainda não há datas definidas para o debate.

Conforme o estudo divulgado pelo governo, a tarifa mínima do pedágio em Parobé seria de R$ 5,28 e máxima de R$ 7,05. O valor em Campo Bom atualmente é de R$ 3,25. Já em Taquara, a tarifa mínima apontada é R$ 5,81 e máxima R$ 7,75. As tarifas serão definidas somente no leilão, com expectativa de realização em dezembro deste ano.

Disseram na sessão

Maicon Bora, vereador pelo PL
“Em 2013 a EGR entrou com uma ação na justiça pedindo isenção de ISSQN. Ou seja, em Campo Bom não deixam impostos. Acho muito difícil que se for transferido pra cá, mesmo privatizado, que tenha esse recolhimento. Hoje se o ISSQN fosse recolhido na cidade de Campo Bom daria em torno de R$ 6 milhões por ano.”

 

Gilberto Gomes, vereador pelo Republicanos
“Tem lei federal que diz que na tarifação das empresas que prestam serviço de pedágio, o município só recebe por parte que ela tiver de quilometragem da rodovia pedagiada. A gente precisa fazer essa discussão porque não podemos inviabilizar e penalizar os empresários da região.”

 

Leno Parobé, vereador pelo PDT
“Se não trouxer impostos para o município, nada nos adianta. Me posiciono contrário à instalação desse pedágio. Ele estando aqui vai aumentar o preço da nossa cesta básica, porque o transporte tende a subir. As pessoas que saem pra trabalhar fora vão ter mais despesa.”