Região adota regras próprias de distanciamento e flexibiliza funcionamento de comércios, restaurantes e lancherias

Comércio poderá atender com padrão de um cliente por atendente. Foto: Matheus de Oliveira

Região – O governo do Estado deu aval para que a região adote protocolos mais brandos no funcionamento do comércio e de alguns segmentos do setor de serviços, apesar da bandeira vermelha. As regras do plano local de enfrentamento à pandemia foram definidas em conjunto pelas Prefeituras de Igrejinha, Parobé, Rolante, Taquara, Três Coroas e São Francisco de Paula – que, junto com Cambará do Sul e Riozinho, compõem a Região 06 do modelo de distanciamento controlado estabelecido pelo Executivo estadual.

A proposta regional foi apresentada na quarta-feira (12) ao governo e já está em vigor. O bloco de municípios liderado por Novo Hamburgo também teve protocolos regionais habilitados. A Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (Saam) recebeu, além destas duas regiões, os planos de Canoas, Pelotas e Norte-Passo Fundo, que seguem em análise.

Em linhas gerais, o que mudou para o Vale do Paranhana diz respeito aos horários de funcionamento do comércio e ao atendimento presencial em restaurantes e lancherias.

O que prevê o modelo regional
Todos os restaurantes e lancherias, independente de estarem ou não às margens de rodovias e estradas, poderão exercer suas atividades até as 23 horas, obedecendo o critério de lotação de 50% da capacidade e o distanciamento físico previsto nas portarias da Saúde. Os comércios manterão atendimento presencial dentro dos estabelecimentos, com restrição de um atendente por cliente. Parques e reservas naturais poderão liberar a circulação de pessoas apenas em áreas externas, com demarcações que sinalizem o distanciamento necessário.

O modelo regional só tem validade mediante a indicação de alto risco do distanciamento controlado do Estado. Quando a região estiver enquadrada nas bandeiras amarela, laranja ou preta, valem as regras estabelecidas pelo governo gaúcho.

Embasamento para flexibilização
Conforme o documento apresentado ao Estado e assinado pelos gestores, a Região 06 tem demonstrado estabilização e até queda nos indicadores de ocupação de UTIs. Além disso, as Prefeituras sustentam que há estabilização na utilização de leitos clínicos e respiradores. Outros argumentos são: o fato de que as cidades da região possuem baixa densidade populacional; as limitações em horários de funcionamento seriam causa de aglomerações durante o período em que havia permissão de operação; o baixo índice de munícipes que utilizam o transporte público.

Os demais setores e atividades não flexibilizadas pelo plano local devem seguir os protocolos estabelecidos pela bandeira vermelha.