Presidente Guido Prass, de Taquara, terá gestão focada na economia para a Câmara

Por Deivis Luz

Taquara – O experiente vereador, Guido Mario Prass Filho (PP) comanda o Poder Legislativo até o fim de 2020. No entendimento do ex-vice-prefeito, Taquara não parou no tempo e possui investimento importantes chegando ao município: “ O mandato do Tito aumentou o orçamento. Veio Desko e outras empresas menores. Uma grande empresa de sacolas bags está em andamento na RS-115. A previsão para 2020 é bem maior. O Brasil está com nova perspectiva de investimentos”, comenta.

O presidente ainda teceu comentário sobre um pequeno atrito que envolveu lideranças expressivas do Paranhana e que tinham como pano de fundo o Presído Estadual de Taquara: “Foi uma infelicidade dos dois prefeitos, mais do Joel, pois acho que faltou debater com o prefeito do próprio município onde está o presídio. A intenção até pode ser boa. Possuímos um problema sério no Hospital Bom Jesus. Não podemos tirar todos os serviços e levar para Parobé e Igrejinha. Ao invés desse problema do presídio, as lideranças deviam se preocupar é com o Hospital Bom Jesus”, avalia o presidente, que ainda sustenta que a solução seria construir outros presídios, mas em outros municípios: “Cada região precisa resolver o seu problema. O presídio está aqui e atende as necessidades do Paranhana. Não há justificativa de fazer um novo presídio”, pondera.

ENTREVISTA

Repercussão – Em 2019, foi cogitada a discussão do projeto que reduziria o número de vereadores. Qual o seu entendimento no tema?

Guido – Vamos abrir a discussão da redução do número de vereadores. Sou contrário a redução, a democracia é feita com representatividade. O aspecto democrático é que tenha mais pessoas para decidir, reivindicar ou ajudar para que as coisas funcionem. Eu entendo que serviço tem mais do que para 15 vereadores. A demanda da sociedade para resolver questões é muito grande. Taquara é muito grande e corremos o risco do interior perder representatividade. E nós temos comunidades que não tem representante. E quem traz a demanda é o representante da comunidade. Vamos colocar em pauta novamente isso. Contamos com o duodécimo e quando tínhamos dez vereadores se gastava todo o recurso da Câmara em diárias e servidores.

Repercussão – Como pretende administrar a Câmara em 2020?

Guido – Esse ano vou fazer uma administração enxuta. Queremos devolver o máximo possível. Vamos estudar qual foi o nosso gasto do duodécimo. O Nelson, na gestão dele, fez uma lei que cada 1% (mensal) do nosso orçamento ficasse na prefeitura. Eu reeditei essa lei, em 2016. Essa legislatura também tem essa regra. Vamos fazer esse levantamento para verificar se com 4% do orçamento conseguimos cobrir as despesas, aí devolveremos 3% (dos 7% dos quais o Legislativo possui direito), para evitar que o presidente crie cargos desnecessários, conforme foi criado em outros anos. Se o recurso estiver no Executivo, não terão recurso e não vão criar novos cargos ou gastos.

Repercussão – Tem algo que tu queira realizar como presidente em 2020?

Guido – Muitas das coisas que estão em andamento na Casa foram encaminhadas na minha gestão anterior. O aspecto digital foi tudo eu que encaminhei. A transmissão pela internet implantei em 2018 e tivemos um avanço.

Repercussão – Você possui uma identificação com a área ambiental. Como analisa os projetos da Corsan para tratamento de esgoto?

Guido – Integro o Comitê Sinos e sou um dos únicos que luta pela essa questão há muitos anos. Eu nasci e me criei na beira do rio. Eu bebia água do rio, hoje não dá mais. Cada dia mais construções, mais casas, mais esgoto e tudo vai do arroio para o rio. Além disso tudo, vamos acabar com o ecossistema. Os animais que vivem do rio e a margem eles estão vivendo ali por causa do rio. No momento que virar só esgoto, não vão viver mais ali. Então, isso é uma necessidade para a população, garantir água de qualidade no futuro e também manter o ecossistema do rio.

Repercussão – E os recursos anunciados pela Corsan para o tratamento de esgoto. Como ficou?

Guido – Eram 82 milhões. A Corsan tinha que fazer os projetos e dividiu em duas etapas: Estação de Tratamento de Esgoto e as redes coletoras de esgoto e após os ramais. Os das redes foi feito o projeto. O da Estação de Esgoto não cadastraram, então, acabaram perdendo o recurso. Conseguimos uma prorrogação de prazos a pouco tempo e a Corsan está negociando para comprar uma área em frente do antigo supermercado Nacional (do outro lado da RS-239). Havia preocupação dos moradores de que haveria problema com o odor da futura Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), mas isso não vai ocorrer.

Repercussão – E a futura eleição? Qual o papel do PP?

Guido – Estamos com a expectativa de que o Delmar Backes possa confirmar ser o nosso candidato. Isso ele só vai dizer a hora que ele achar que pode confirmar. O Tito ainda é o prefeito. De repente, o PP pode indicar o cabeça de chapa e o PTB o vice. Ainda precisamos alinhar muitas coisas.