Onyx Lorenzoni fala dos problemas na saúde e seus projetos na área rodoviária

Região – Liderança com cinco mandatos de deputado federal, duas vezes deputado estadual e peça importante durante o planejamento da campanha do presidente, Jair Bolsonaro (PL), Onyx Lorenzoni, esteve no Grupo Repercussão na quarta-feira (24).

Onyx apresentou as suas perspectivas e projetos para as áreas da saúde, educação, rodovias, segurança pública e citou o que pretende fazer com a Corsan caso conquiste o voto do eleitorado na eleição da outubro. “Acontece que acabamos sobrecarregando o sistema hospitalar que é responsável pela média e alta complexidade. Precisamos ter um órgão e uma estrutura intermediária nisso”, declarou o candidato quando questionado como pretende reduzir a concentração de serviços da saúde no eixo metropolitano.

Sobre as rodovias Onyx avaliou da seguinte forma. “Eu gosto de concessões de longo prazo, porque tu alonga no tempo o custo de manutenção da rodovia e tu baixa o valor do pedágio pago”, disse o candidato.

Saúde

“Temos uma questão estrutural. Temos uma atenção básica razoável, mas que não segura os casos que precisam de acompanhamento de especialistas. Tu ir na regulação do Estado e conseguir uma consulta com especialista é coisa para 3 meses ou mais. Às vezes, a pessoa chega lá e já não serve mais aquele, tem que ir adiante. Então, essa falta de resolutividade na atenção básica faz com que a pessoa vá uma, duas vezes, e na terceira, ela vai para o hospital e não se importa de ficar 5-6 horas porque sabe que vai demorar um dia, mas vai ser atendida e terá o caso resolvido. Acontece que acabamos sobrecarregando o sistema hospitalar que é responsável pela média e alta complexidade. Precisamos ter um órgão e uma estrutura intermediária nisso. E fundamentalmente, nas especialidades médicas. Fui ao município de Formosa, em Goiás, e lá eu conheci uma clínica de especialidades. Foi espetacular. Lá eles atendem 20 especialidades médicas mais seis dessas que são multidisciplinares, recuperação física, acupuntura. É um centro onde se tem o especialista e esse especialista está conectado com o médico de família, o prontuário é todo eletrônico e o paciente é hipertenso e estabiliza o paciente e se evita o AVC, o infarto. O paciente com diabete, que não é fácil o controle, estabiliza e faz o acompanhamento. Todos os laboratórios tem exame de imagem. Esse centro acaba desafogando os hospitais. E ele é organizado de tal forma onde as pessoas não precisam andar mais de 200 KM. Eu pedi para a equipe estudar, vamos fazer um desenho do Rio Grande do Sul, e ver como vamos distribuir. Lá eles fizeram oito e já construíram seis. E, além disso, fazem hemodiálise. Na maior parte do Brasil isso é particular e o Estado compra vagas. Com todos os problemas existentes. E quando tem sessão, eles vão em casa buscar e a pessoa vai com todo o conforto, ar-condicionado, uma tela de televisão. Esse acolhimento é muito importante. A ideia na saúde é caminharmos para estruturarmos essas policlínicas. O Estado de Goiás está economizando um bom dinheiro na saúde, pois ele estabelece um teto máximo, contrata uma Organização Social que faz a gestão”.

Educação

“Perdemos muitos pontos ao longo dos últimos anos. O Rio Grande do Sul já foi uma referência no Brasil, os outros estados vinham aqui aprender conosco e fomos deixando isso degradar. Temos muitos problemas no Ensino Fundamental, no Ensino Médio estamos entre o 5º ou 6º estado no Brasil que tem o maior número de evasão de jovens da escola. E, por outro lado, convivemos com um conjunto de milhares de vagas de emprego onde não temos pessoas capacitadas para poder ocupar essas vagas. Anunciei duas linhas do meu futuro governo. A criação de uma Secretaria da Infância, para cuidar da criança pobre e vulnerável, de zero a cinco anos e 11 meses, e vamos fazer uma grande parceria com o Governo Federal, dentro do Programa Criança Feliz, para estimular as crianças de zero a 36 meses, o que é vital para desenvolver toda a sua condição cerebral, intelectual e as capacidades cognitivas delas. Depois de três anos e cinco meses, desenvolver a motricidade ampla, fina, a sociabilização da criança, desenvolver o prazer em aprender. Uma criança de família pobre e vulnerável que não passa por todos esses processos, as crianças de classe média, chegam na primeira série com 40 vezes menos capacidade. Esse abismo se reflete em uma dificuldade muito grande de poder se alfabetizar e de poder chegar ao final do Ensino Fundamental com os conteúdos em dia. O aprendizado em português e matemática das nossas crianças é sofrível para não dizer ruim. E quando vamos para o 9º ano, estamos com algo próximo de 36% de analfabetismo funcional. Entrando no Ensino Médio, como não consegue acompanhar, vem a decepção e vem o abandono, pois engorda a estatística dos ‘nem, nem’, que são aqueles que nem trabalham nem estudam. O Brasil tem 8 milhões de jovens que nem trabalham e nem estudam. Por isso, eu criei no Ministério do Trabalho e Cidadania, o Serviço Civil Voluntário. As prefeituras contratam por meio-turno, em qualquer atividade, o jovem é contratado e ganha meio salário, ele é obrigado a fazer uma formação por semestre. Conectamos com o Sistema S, e eles tem mais de 200 cursos, todos são on-line e permite que esses jovens façam duas capacitações por ano no mínimo. Um ano depois dessa experiência, os jovens têm esse curso atestado por uma entidade e uma capacitação que permite acessar o mercado de trabalho”.

Rodovias

“A minha escolha é governar para as pessoas. Se a minha escolha é governar para as pessoas, a eventual concessão rodoviária, ela é um bom instrumento, desde que se preocupe em quanto o usuário vai ter que meter a mão no bolso. Existem sistemas implantados no Brasil, então não é uma miragem, onde tu pode fazer a medição por trecho percorrido. Então, tu não vai pagar uma tarifa fixa, tu vai pagar o que tu usou. Eu gosto de concessões de longo prazo, porque tu alonga no tempo o custo de manutenção da rodovia e tu baixa o valor do pedágio pago. Então, tem como fazer isso. Desde que o Estado olhe para as pessoas e faça aquilo para melhorar a vida do usuário, do cidadão e da cidadã. E não para resolver o problema da máquina do Estado ou da corporação e não arrumar dinheiro para EGR. Te pergunto, para que existe a EGR? Eu não vou manter a EGR. E o papel do DAER será uma referência no papel da estruturação e organização das próprias concessões do Estado ou aquilo que ainda ficar para o controle do Estado, a malha rodoviária que couber ao Estado, ele estar equipado e capacidade de responder. Temos um problema sério de estradas do interior, que os municípios não têm capacidade de manutenção. As estradas de escoamento de produção, que muitas vezes não são nem asfaltadas, mas se tu tiver uma boa manutenção tu resolve o problema. Eu não tenho nenhuma dúvida que o Estado do Rio Grande do Sul, eu e minha equipe estamos debruçados sobre isso, vamos fazer um Plano de Logística estadual. Acredito que temos que apostar na extensão da BR-448 até Estância Velha e também na construção da RS-010. Aí você faria o famoso ‘H’. Com isso, seria possível distribuir melhor o volume de trânsito que tem aqui no eixo do Vale do Sinos, pois é o de abastecimento de matéria-prima e de produtos acabados.”

Corsan

“Vou tratar a privatização da Corsan como eu tratei o PPI, que é o programa de investimentos do Governo Federal. Reformulamos o programa, aprofundamos o programa e multiplicamos o programa. Arrecadamos mais de R$ 450 bilhões do governo. O maior volume de obras públicas no Brasil começa em 2023/2024. Eu aprendi a lidar com isso. O que tem que ser feito é ter uma equipe técnica competente, que busque as alternativas adequadas e quem tem que ser protegido nisso não é a corporação da Corsan. E muito menos a máquina pública e muito menos que vai ganhar a concorrência. Quem tem que ser protegido nisso é o cidadão, que tem que ter o saneamento, água barata e bom serviço. Sempre que faz a escolha de trabalhar para as pessoas e às famílias tu muda a história de um país. Provamos com o presidente Bolsonaro, time que tive a honra de fazer parte, e continuo fazendo, pois continuo leal ao meu presidente. Mudamos o Brasil isso é um fato, nem a esquerda nega. Mudamos para muito melhor o nosso país. Agora, com os mesmos princípios e valores vamos fazer uma coisa bem feita tecnicamente, sustentável e, principalmente, com respeito com quem paga a conta, que somos nós. O governo só arrecada dinheiro, ele não dá dinheiro para ninguém.”