Empossado prefeito de Parobé, Picucha fala em transparência e união dos poderes

Parobé – Em cerimônia atípica, marcada pela restrição de acesso do público para evitar a possibilidade de contágio pelo novo coronavírus, Diego Picucha (PDT) e Alex Bora (PL) foram empossados pela Câmara de Vereadores como novos gestores de Parobé na quarta-feira, 1º de abril. Oficialmente à frente do Executivo, Picucha reforçou seu discurso de campanha, de enxugamento da máquina pública, secretariado técnico e transparência.

O pedetista defendeu a união entre Executivo e Legislativo em sua primeira fala como prefeito, sugerindo que “revanchismos políticos” fossem deixados de lado.

O chefe do Executivo anunciou a nova estrutura de governo algumas horas após a posse, revelando seu secretariado. Serão cinco pastas: Educação, Saúde, Obras, Gestão e Finanças. Os responsáveis pelas secretarias serão, respectivamente, professor Glauco Tasso, ex-prefeita Gilda Kirsch, Luiz Henemann, advogado Vinicius Carniel e Manoel Teixeira. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico estará sob a tutela de Picucha. Assim também o Esporte. A Secretaria de Assistência Social será conduzida por Bora. Conforme o prefeito, o enxugamento ainda acontecerá no quadro de CC’s (Cargos de Confiança), além da redução nos salários de prefeito, vice, secretários e diretores. As medidas foram avaliadas como necessárias diante dos números que foram apresentados à nova administração, de acordo com o pedetista. Picucha destacou ainda que uma empresa especializada já está realizando uma auditoria nos contratos entre Prefeitura e terceirizadas. “Vamos manter aquilo que for essencial”, disse.

Eleitos no dia 8 de março com 9.518 votos, 38,19% dos votos válidos, os novos administradores da cidade foram diplomados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS) através de e-mail na segunda-feira (30). Picucha e Bora, agora, cumprem um mandato tampão pelos próximos nove meses, com possibilidade de reeleição no pleito de outubro, para mais quatro anos.

Asfalto do Pinhal
Obra que já foi motivo de muitas polêmicas na cidade, o asfalto da estrada de Santa Cristina do Pinhal será um dos desafios do novo governo. Isso porque, de acordo com Picucha, o recurso para as duas etapas da pavimentação não estão mais disponíveis junto à Caixa Econômica Federal. A obra seria viabilizada através de duas linhas de crédito, mas Parobé não assinou o contrato que garantia o recebimento dos recursos devido à interinidade da ex-mandatária Maria Eliane (MDB). O contrato estabelece um valor de 5% de contrapartida do Município, e, segundo Picucha, foi com o empenho deste percentual que as obras tiveram início. “Agora temos o desafio de pleitear junto à Caixa novo recurso para fazer a assinatura da obra”, afirma.

Equilíbrio entre saúde e economia são pressupostos para combater o coronavírus
Em relação ao coronavírus, Picucha afirma que em primeiro lugar está o cuidado com o grupo de risco. Paralelo a isso está a retomada gradual das atividades industriais. “Nossa economia também é saúde”, afirma. A maior restrição está nas atividades de lazer. Está proibida a aglomeração de pessoas em espaços públicos. Como medida, o isolamento das praças será realizado. Ateliês podem funcionar, respeitando normas de distanciamento e higienização.