Eleições 2020: Identificação biométrica não será exigida nas Eleições 2020

Biometria não estará presente nas eleições 2020 Foto: Reprodução

Região – As eleições de 2020 marcam os 12 anos do início da adoção da biometria no processo eleitoral brasileiro. No pleito deste ano, contudo, pela primeira vez desde a implantação da tecnologia num pleito, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) excluirá a necessidade da identificação biométrica no dia da votação nos locais onde ela seria obrigatória, seguindo a recomendação de infectologistas, em razão da pandemia de Covid-19.

 

Para chegar a essa recomendação, médicos e técnicos da consultoria prestada ao TSE pela Fiocruz e pelos hospitais Sírio-Libanês e Albert Einstein consideraram que a identificação pela digital pode aumentar as possibilidades de infecção, já que o leitor biométrico não pode ser higienizado com frequência. Além disso, aumenta as aglomerações, uma vez que a votação com biometria é mais demorada do que a votação com assinatura no caderno de votações, o que amplia o risco de formar filas.

 

Mesmo com a exclusão da identificação biométrica, a Justiça Eleitoral seguirá as orientações para a adoção de cuidados sanitários com eleitores, mesários e fiscais de partido, além da higienização do espaço físico das seções e das marcações para distanciamento entre as pessoas.

 

Medidas de segurança foram adotadas pelo TSE para evitar a contaminação do eleitorado

O TSE reforça que os eleitores só poderão votar se estiverem utilizando máscara de proteção, que só poderá ser retirada para eventual reconhecimento do eleitor. Além disso, o tribunal pede que cada pessoa leve a sua própria caneta para assinar o caderno de votação, evitando compartilhar objetos com outros eleitores.

Cerca de 80% dos eleitores estariam aptos a usar biometria

A biometria é a ciência que estuda a identificação dos indivíduos pelas características físicas únicas. O sistema adotado pela Justiça Eleitoral brasileira colhe as impressões digitais, a fotografia e a assinatura do eleitor, garantindo que ele seja único no cadastro eleitoral, o que torna praticamente impossível a tentativa de fraudar qualquer identificação. Com a adoção da biometria, a votação fica muito mais segura, uma vez que a intervenção humana no processo é praticamente excluída.

Nas Eleições de 2018, dos 147.302.357 eleitores aptos a votar, 73.688.211 foram identificados por meio das digitais, ou seja, 50,03% do eleitorado da época. Em 2020, do total de 147.918.483 aptos, 117.594.975 poderiam ser identificados biometricamente para votar, não fosse a exclusão da biometria adotada em razão da pandemia de Covid-19.

Essa rápida evolução no número de eleitores com as impressões digitais registradas é resultado do trabalho constante da Justiça Eleitoral, que tem como objetivo cadastrar biometricamente 100%
do eleitorado do país
até 2022.

Sintomáticos

O TSE pede que as pessoas que estiverem com sintomas da Covid-19 como tosse, coriza ou febre no dia eleição, ou que testaram positivo para a doença nos últimos 14 dias antes do pleito, fiquem em casa e justifiquem posteriormente o seu voto. Confira, na página 14 deste caderno, como realizar a justificativa pelo site ou aplicativo do TSE de forma segura.