Desenvolvimento e transparência são marcas que Sirlei quer deixar como prefeita de Taquara

Foto: Matheus de Oliveira

Taquara – Escolhida pelos taquarenses para governar a cidade a partir de 2021, Sirlei Silveira (PSB) agora alinha os últimos detalhes de seu futuro mandato. Diminuição de secretarias, o desafio da pandemia, transparência e o processo de transição foram temas abordados em entrevista concedida ao Jornal Repercussão Paranhana.

 

O momento é de conhecer os números. Para isso, Sirlei diz que solicitou diversas informações à atual gestão. “Precisamos ter a noção de todos os contratos que a Prefeitura tem, qual o término destes, como está a questão de médicos e enfermeiros contratados para que nós não tenhamos a surpresa de em janeiro chegarmos para trabalhar e não termos o serviço essencial sendo prestado”, explica. Sirlei não arrisca palpites sobre o que vai encontrar na administração, mas reconhece que “teremos que fazer gestão competente para reverter muitas coisa”. “Sabemos que tem contratualização de empréstimo de R$ 5 milhões feita recentemente para várias pavimentações”, acrescenta.

 

Entrevista com Sirlei Silveira (PSB), prefeita eleita de Taquara

Jornal Repercussão: Em sua campanha, você falou muito em transparência. Quais serão as ações nesse sentido?
Sirlei Silveira: “Nós queremos saber o que está sendo feito com o dinheiro e isso deveria estar no portal da transparência. Entrar e olhar não é o caso em Taquara. Nosso portal não é intuitivo, ele não é fácil de olhar. Nós vamos mudar isso, vamos tornar mais transparente. Já recebi projeto de uma pessoa que vai me assessorar que mostra que precisamos, inclusive, buscar parcerias público/privadas para poder melhorar esse portal da transparência. A construção disso é o primeiro passo. Termos uma ouvidoria e uma condição para o munícipe não precisar estar intermediando com o vereador para resolver um problema de esgoto na frente da sua casa também é preciso.”

JR: Quais ações projeta para o início do ano, logo que assumir? 
SS: “Estamos sentados em cima de uma reforma administrativa porque entendemos que é muito mais tranquilo sentar com oito secretários do que com quinze. Então, um número menor é melhor.
JR: Redução será para oito secretarias?
SS: “Nós não definimos exatamente como faremos, mas queremos trazer para um número menor. No momento estamos com um número de sete, mas estamos vendo como fazer para não prejudicar o andamento de cada pasta. Temos neste momento a análise de currículos para as pastas.”

JR: O coronavírus está voltando a ter força na região. Como ter equilíbrio entre saúde e economia?
SS: “Primeiro precisamos colocar uma fiscalização mais atenta a orientar nossos comerciantes e as pessoas que descuidaram. Nós não seremos punitivos, mas seremos orientativos. Precisamos conviver com o vírus e podemos fazer isso sem nos contaminar. Nunca fui a favor de fechamentos, mas sou a favor de que tenhamos a abertura cuidadosa. Precisamos cuidar da vida nossa e da vida do outro.”

JR: Como quer que sua gestão seja lembrada no futuro?
SS: “Quero ser vista como a primeira mulher de Taquara que cuidou de atrair o desenvolvimento.Se a gente for acolhedor com nosso empreendedor, atraente para o investimento, nós teremos o capital. Como a gente faz o social, que é a saúde, a segurança, a educação, pavimentações? É com este capital. Não podemos depender só das verbas que retornam e que não são muitas. Nós precisamos atrair mais empresas e aumentar a nossa condição de município desenvolvido. Precisamos acolher e isso é não deixar sobre a mesa por 90 ou 180 dias os documentos de uma pessoa que quer regular seu alvará para trabalhar. Precisamos otimizar o acolhimento. Isso é uma marca que queiro deixar: uma pessoa que acolheu quem quer empreender.”