Comentário: Desenvolvimento e transparência

Hoje os principais noticiários destacam a crise econômica no nosso país e também assolam muitos estados e municípios. Resultado, muitas vezes, de administrações passadas, sem foco na gestão, no planejamento e principalmente sem uma estratégia de investimento dos recursos e atração de novos investimentos e diversificação da economia local. Grande parte dos gestores municipais, não desenvolveram um projeto com duração de longo prazo, mas sim, planos de trabalho, que pretendem realizar durante seus 4 anos de mandato. Muitos desses projetos, baseados no comprometimento de “alocar” o maior número de cabos eleitorais, que se transformarão em cargos de confiança, terceirizados e contratados, esquecendo da busca pelos profissionais com conhecimento e experiência nas áreas importantes e estratégicas para uma boa gestão e aplicação dos recursos escassos e ainda mal aplicados. A economia e a política hoje, não tem mais espaço para tentativas desorganizadas dentro do setor público. Quem não tiver um plano de governo estruturado e com uma visão e avaliação do cenário econômico, olhando sempre para um futuro de 10 a 20 anos, estará de fora. O povo não aguenta mais conversa fiada e promessas bonitinhas. Os gestores políticos do amanhã, precisam saber qual será o impacto em suas cidades, de suas ações executadas hoje, caso contrário, estaremos caminhando a passos largos, para mais sofrimento, baixa arrecadação e falta de emprego, coisas que já vemos atualmente, mas que se agravarão. Em Parobé, temos um exemplo claro da falta de uma agenda estratégica em anos de administrações populistas, mas sem projetos para o futuro da cidade. Na década de 90 o município atingiu o seu auge no desenvolvimento, e chegou a ser a 8° economia do Estado, alavancado pelo setor calçadista, mas ficou muito dependente deste setor e naquela época do município apenas se arrecadava e se gastava; cada administrador a seu modo, sem elaborar uma agenda prevendo e tratando de setores estratégicos, que tivesse uma visão de mercado, da economia que nos próximos 20 anos poderia mudar e que seria necessário naquele momento começar a diversificar, ter um novo ponto de equilíbrio para uma possível crise no setor calçadista ou uma visão que garantisse uma economia e desenvolvimento em novas áreas. O município não se preparou, não criou um distrito industrial para a atração de novas empresas para diversificar a economia, mesmo sendo a porta de entrada para uma das cidades na serra mais visitadas por turistas, não se investiu sequer na captação desses turistas como forma de fomentar a economia. O que não foi feito nestes últimos 20 anos, precisa ser feito agora, mesmo sem os recursos abundantes daquela época, os investimentos precisam ser mais estudados, mais comprometidos, mais cautelosos, precisamos nos unir, dar as mãos e pensar Parobé para o futuro, mas, com ações agora no presente. Parobé sofreu muito politicamente nestes últimos tempos, se viu no meio de uma batalha jurídica eleitoral sem fim, que visava somente benefícios e destaques pessoais. Basta, Parobé precisa de transparência e administração séria e voltada para a sua população.
Nós do PRB acreditamos que para a retomada do crescimento, devemos investir na elaboração de uma agenda estratégica, para o desenvolvimento do município, onde a base vai passar por uma forte aplicação de recursos na educação e na infraestrutura urbana, garantindo um município equilibrado e estruturado, para dar sustentabilidade as novas gerações, que serão os próximos empresários e investidores do município.

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