Cassação que envolve prefeito Orlando Teixeira ouve testemunhas na Câmara

Foto: Matheus de Oliveira

Três Coroas –  Uma nova audiência do processo da Comissão Processante da Câmara Municipal que pode resultar no pedido de impeachment do prefeito de Três Coroas, Orlando Teixeira (PSD), aconteceu na tarde da última terça-feira (7), na sede do Legislativo. Esse foi o terceiro encontro com oitivas de testemunhas. Prestaram depoimento, o prefeito de Canela, Constantino Orsolin, ex-prefeita interina e atual Presidente da Câmara de Parobé, Maria Eliane Nunes e o prefeito de Rolante, Régis Zimmer, todos do MDB. O engenheiro civil da Prefeitura, Douglas Franck, também foi ouvido. A servidora municipal do Controle Interno, que também era aguardada, não compareceu e apresentou atestado médico por ansiedade e depressão.

O encontro teve acesso ao público limitado à metade do número de cadeiras disponíveis na casa legislativa, respeitando o distanciamento mínimo previsto na norma estadual. O bloqueio ao uso da outra metade dos assentos se fez necessário. Todos os participantes tiveram que estar usando máscaras nas dependências do Legislativo.

Uma nova audiência está agendada para a próxima quarta-feira (15), com o horário a ser definido.

Cidadão é o autor da denúncia

Um cidadão foi o autor da denúncia, protocolada em 14 de fevereiro deste ano, a partir de insatisfação com respostas do prefeito aos pedidos de informações dos vereadores quanto a nomeação de servidores do Controle Interno da Prefeitura. Posteriormente, por sete votos contra um, os vereadores aprovaram em votação a abertura de comissão processante.

O prefeito de Três Coroas, Orlando Teixeira (PSD), em outra oportunidade, já havia classificado o processo de cassação às vésperas da eleição municipal como uma perseguição política. “Sou um homem honesto, de família humilde e nunca fiz nada errado”, defende. O gestor alega ainda ser falsa a denúncia de que não responde pedidos de informações da oposição.

O prazo legal estipulado para o trabalho da Comissão Processante também é de 90 dias, a partir deste período, o parecer é apresentado solicitando arquivamento ou a cassação do prefeito. A partir disso, o Plenário por meio da votação dos vereadores possui a decisão final.

Três audiências com participação de testemunhas já aconteceram no mês de julho

As duas primeiras audiências deste novo trâmite administrativo aberto, após o deferimento de mandado de segurança na Justiça sobre o primeiro processo, aconteceram na manhã da primeira quarta-feira de julho (1), e na manhã de sexta-feira (3). A atual comissão processante é formada pelos vereadores Ilário Bringmann (PSD), Francisco Adams (PDT) e Roque Werner (PSD). Em virtude de problemas técnicos, a videoconferência com o prefeito de Dom Pedro de Alcântara, Dirceu Machado, prevista para dia 7, será posteriormente.