Barragem das Laranjeiras segue vazia e sem previsão de reativação

Três Coroas – Passados 10 meses do leilão de privatização da Companhia Estadual de Geração de Energia Elétrica (CEEE-G), ainda não há definição sobre o futuro da barragem das Laranjeiras, localizada no limite entre Canela e Três Coroas. A CEEE-G é responsável pela estrutura, que foi aberta em outubro de 2020 após a identificação de vazamentos.

De acordo com a companhia, nos últimos meses foram realizadas ações relacionadas à segurança da barragem. “A empresa contratou a Revisão Periódica de Segurança de Barragens (que apontou que a estrutura atende os critérios atuais de estabilidade) e o Plano de Segurança de Barragens (que detalha a documentação da estrutura, incluindo rotinas de inspeção e monitoramento)”, diz em nota.

No momento está sendo elaborado o Plano de Ação de Emergência (PAE), documento que determina ações a serem tomadas pela concessionária e pelas defesas civis em caso de emergências. Com o documento em mãos, a empresa diz que serão realizados treinamentos com os órgãos envolvidos e com a população.

Grupo CSN detém controle
A Companhia Florestal do Brasil, subsidiária da siderúrgica CSN, arrematou a CEEE-G por R$ 928 milhões em julho de 2022, em leilão realizado na B3. A alienação do controle da estatal se deu através da venda da maior parte das ações. Com isso, a empresa continuou existindo, mas com outro controlador. A CEEE-G foi o terceiro braço da companhia a ser privatizado, já que a distribuição e a transmissão também foram arrematados em leilões.

Situação é favorável
Embora a barragem fique no município de Canela, a Defesa Civil de Três Coroas vai seguidamente ao local para acompanhar a vazão da água. “Monitoramos se o ralo de fundo está aberto. Quanto está entupido, pedimos para a CEEE fazer a limpeza. Ela (a barragem) hoje está dentro de uma situação que para nós é muito bom”, pontua o coordenador Augusto Dreher.

Outro aspecto positivo destacado é o controle de cheias. Dreher explica que quando há um grande volume de chuva na região, os afluentes enchem muito rápido e aumentam o volume do Rio Paranhana, deixando água represada na barragem. Isso porque a comporta aberta não dá conta da vazão, então o grande volume de água acaba retido e desce aos poucos para Três Coroas e Igrejinha. “Ela estar desativada nos ajuda ao invés de prejudicar”, conclui Dreher.