Agenda Paranhana 2020: o que foi possível conquistar até aqui?

Duplicação da ERS-239 está entre os elementos apontados pela agenda como primordiais. Foto: Matheus de Oliveira

Região – Muito do que vemos e vivemos no presente foi meticulosamente pensado e planejado no passado. Na região, projetos que vão desde melhorias na infraestrutura até iniciativas educacionais saíram do planejamento e se tornaram realidade. Muitos dos caminhos alcançados começaram a ser traçados ainda em 2006, pela iniciativa Agenda Paranhana 2020. Pois bem. O ano que dá nome ao movimento já está perto de sair de cena e a pergunta é: o que foi conquistado até aqui?

O presidente da Câmara da Indústria, Comércio, Serviços e Agropecuária do Vale do Paranhana (CICS-VP), Roger Ritter, diz que grandes resultados foram alcançados. Entre eles, cita a duplicação do primeiro trecho da ERS-239 entre Taquara e Rolante; o fortalecimento de feiras regionais, como a SICC e a Zero Grau; o planejamento de integração regional entre os hospitais; a instalação de leitos de UTI; entre outras conquistas. “É preciso entender que no Paranhana temos cidades praticamente iguais, que dependem economicamente da mesma coisa, como se fosse uma grande cidade. Pessoas moram em uma cidade, mas trabalham em outra e estudam em outra”, exemplifica. A CICS-VP era a entidade coordenadora da agenda.

A iniciativa consistia na indicação de caminhos que levariam a região a ser um lugar de primeiro mundo, através de planejamento e parcerias.

Iniciativa manteve fôlego até 2017, quando foi substituída por uma associação regional
A gestão da agenda foi transmitida, em 2017, para a Associação dos Municípios do Vale do Paranhana (Ampara). Conforme Ritter, projetos que dependiam da iniciativa privada haviam sido concluídos, enquanto o que era relacionado ao poder público ainda estava no papel.

Representatividade é a palavra
Ritter relembra que com a criação da Ampara, a prioridade era aumentar a representatividade das cidades junto às esferas estadual e federal. “É muito mais fácil usar a força das seis cidades do que de uma só”, pontua.

Na área da educação, os itens que integravam a lista da Agenda 2020 e que ainda tem fôlego na região são o Campeonato de Xadrez do Paranhana e o Prêmio Professor Inovador, realizado a cada dois anos. Ritter ressalta que a iniciativa não é proprietária de nenhum projeto e que seu papel se limitou à integração entre os setores público e privado em prol de objetivos e metas considerados estratégicos. Na área da segurança, se destacam as duas turmas de formação de brigadianos em Taquara e Igrejinha. “Isso foi inédito. O Estado nunca havia feito formação de turmas fora das unidades militar”, explica.

“Eram ações integradas que lamentavelmente sucumbiram. Já deveríamos ter a agenda de 2030, mas hoje não se tem planos”, lamenta Ritter.