“Um sujeito que se envolveu no crime como autor ou participante vai ter que responder à Justiça”

Delegado Caliari

Região – O município de Igrejinha, cujo delegado responsável é Ivanir Luiz Moschen Caliari, tem mantido uma estatística considerável na criminalidade. Caliari faz um balanço e revela um pouco mais do trabalho desenvolvido por ele e sua equipe para investigar, indiciar e prender acusados de crimes. Quanto aos roubos, a maioria são relacionados a pedestres. “O roubo é fortemente combatido, inclusive, essa semana encerramos dois inquéritos por roubo a pedestres. O roubo a estabelecimento é uma fração mínima. Menciono o estabelecimento pelo risco que causa, assim como residência; estes o número é muito pequeno. Está havendo um controle por partes das polícias civil e militar nesse sentido”.

 

Igrejinha tem zerado o indicador do crime de latrocínio. “Não temos nenhum nos últimos anos e muito disso é consequência do combate aos roubos. “O latrocínio normalmente ocorre em estabelecimento, num confronto, numa reação de algum comerciante ou até mesmo de um morador de residência. Como diminui o roubo, diminui fatalmente o número positivo de latrocínios”. Sobre os homicídios, todos cometidos em 2021 estão relacionados ao tráfico de drogas. “Dos quatro que tivemos, duas vítimas eram de fora do município. O homicídio, assim como o roubo e tráfico, é combatido por nós seriamente, com o objetivo de mostrar que isso não passará impune pela Justiça. O sujeito que se envolveu no crime como autor ou participante vai ter que responder criminalmente pela conduta dele. E é através do trabalho da investigação da Polícia Civil, indiciando, e não raro, gerando a prisão, que isso vai acontecer”, destaca o delegado Caliari.

 

Parobé investe em policiamento tático para reduzir os crimes mais graves

No levantamento dos últimos três anos, é possível constatar que Parobé vem em uma queda gradual dos crimes mais graves. No crime de homicídio, em 2021, até outubro, foram quatro mortes. Em 2020, foram oito e, em 2019, outras sete ocorrências. Nos roubos, também está havendo queda: 147 em 2019, 109 em 2020 e 71 em 2021. Em contrapartida, as prisões por tráfico de drogas quase dobraram. Em 2019 foram seis prisões contra 11 até outubro deste ano.

O comandante da Brigada Militar de Parobé, capitão Gabriel Damásio, justifica a queda dos índices criminais pelo trabalho de inteligência e gestão que a corporação tem adotado. “Tivemos um incremento de efetivo e a gente também consegue antecipar determinados locais com um trabalho de inteligência. Isso é feito com uma ferramenta de gestão que temos na Brigada Militar, que é a ferramenta Avante. Com ela, conseguimos mapear locais e horários em que acontecem os maiores índices criminais. Nos baseamos muito nos crimes com violência, como roubos, furtos de veículos e homicídio, e sabendo dos locais e horários com maior incidência, tentamos nos antecipar com ações”, explica o capitão.

O trabalho de repressão também é exaltado pelo comandante. “Temos atuado muito na repressão com o policiamento mais especializado, que é a força tática. Tem dias e locais que ela tem atuado, praticamente toda a semana. Conseguimos reduzir os índices, com maior estrutura e gestão. Com o trabalho conjunto da força tática e da inteligência, a gente consegue antecipar e até reprimir alguns crimes que ocorrem”, pontua o capitão Damásio.

 

Riozinho zera os índices de crimes contra a vida

O município de Riozinho tem os índices criminais mais baixos da região do Vale do Paranhana. Quando o assunto é segurança pública, a comunidade de Riozinho respira aliviada.
Em um levantamento do Grupo Repercussão, através do site da Secretaria Estadual da Segurança Pública, que monitora os crimes em cada cidade, entre os anos de 2019 e 2021, não houve registro de crimes contra a vida, seja homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). Felizmente, a cidade não chorou a perda de nenhuma vítima, assim como não houve nenhum confronto armado entre criminosos e policiais. O crime mais grave praticado foi o assalto à mão armada e, mesmo assim, os números estão sob controle. Em três anos, foram quatro ocorrências.
O comandante da Brigada Militar, tenente José Edson Soares Oteiro, conta que os dois roubos cometidos em 2021 foram solucionados pela Brigada Militar com a ajuda da comunidade. “No segundo roubo, que foi a um pedestre, conseguimos prender o indivíduo. Ele também havia sido responsável pelo primeiro assalto; os dois foram cometidos com a diferença de poucos dias”, conta o comandante.

Quanto aos furtos, a cidade tem mantido uma média de duas dezenas por ano. Em 2021, o tenente Soares explica que a BM também conseguiu dar resposta em um dos crimes de maior vulto, quando criminosos furtaram fios elétricos de uma empresa de grande porte. “Com a ajuda da comunidade, conseguimos identificar e prender os indivíduos. Também foram apreendidos dois ou três veículos”, recorda Soares. Outro dado positivo é o aumento dos flagrantes de posse de entorpecentes. “Isso é reflexo do aumento das abordagens”.
Para que os índices continuem baixos, o comandante reforça a importância do trabalho de parceria entre a polícia e a comunidade. “A gente tem um bom policiamento e integração com a comunidade, que confia na Brigada Militar, repassando informações que são importantes para solucionar os casos”.