Torturas com porretes, correias e pregos eram registradas por criminosos em Taquara

Taquara – Uma grande operação foi desencadeada ao amanhecer de terça-feira (24) em Taquara. A Polícia Civil, coordenada pelo delegado Valeriano Garcia Neto, descobriu um lugar utilizado por criminosos para tortura e também como depósito de drogas.

O imóvel para a prática dos crimes ficava no bairro Eldorado/Tito e a ação policial, denominada de “Anjos da Lei, reuniu agentes de Taquara, Igrejinha, Parobé e Três Coroas, além do apoio da Brigada Militar. Os policiais se reuniram ainda na madrugada e cercaram o local logo após às 5 horas.

Foram efetuadas duas prisões em flagrante e a apreensão de R$ 10 mil em dinheiro. Além disso, foram apreendidos mais de 300 pinos de cocaína, 26kg de crack e cerca de 100 porções de maconha, todos prontos para a venda. Os dois criminosos foram algemados, conduzidos para a Delegacia de Polícia de Taquara e autuados por tráfico de drogas, associação ao tráfico e tortura.

Porretes com pregos e correias usados para tortura de devedores e traficantes rivais no município

Além da expressiva quantidade de droga pronta para a entrega, os policiais apreenderam porretes com pregos e correias e barras de ferro. Conforme o delegado Valeriano, os criminosos cometiam as torturas com métodos medievais. utilizando os instrumentos como os porretes e ferros localizados na casa. As vítimas, segundo apurado pelos agentes, eram devedores e rivais dos traficantes dos quais o grupo integra.

Imagens chocam e comprovam espancamentos

As torturas resultavam em lesões graves. E, além de todo material apreendido, elas também podem ser comprovadas porque os criminosos tinham por método registrar os espancamentos.

Em algumas imagens descobertas pela polícia, uma vítima foi espancada com a utilização de pedras e dos porretes. A vítima aparece toda ensanguentada após a tortura e tentando se reerguer junto à uma cadeira. Na imagem, que estava em um dos celulares, os criminosos escreveram o seguinte texto:”Isso é o que vai acontecer aí com quem tá de chinelaje aí na Vila Tito. Não temo aceitando esses tipo de situação e se nois pegar vai ser cobrado, é a tropa fazendo o certo…. Abraça o papo pro papo não te abraçar…”.

As imagens com descrições de ameaças e comprovação das torturas foram incluídas no inquérito policial. O delegado pede que crimes sejam denunciados pelo telefone, com WhatsApp da delegacia: (51) 98443-3481.