Sequência de execuções está sendo elucidada pela DP de Taquara

Delegada Rosane está à frente das investigações (Foto: Melissa Costa)

Taquara – Uma série de execuções cometidas em Taquara, em um período inferior de 20 dias, gerou preocupação e também movimentou de forma intensa o setor de investigação da Delegacia de Polícia. Dos quatro crimes cometidos entre 21 de maio e 8 de junho, três estão relacionados com o tráfico de drogas e pela disputa de território entre facções e outro de motivação passional. Em três assassinatos, a Polícia Civil, coordenada pela delegada Rosane de Oliveira, já apresentou resposta, com prisões e apreensões.

 

No dia 21 de maio, às 19h, Patrick Lopes Rodrigues, 18 anos, foi executado com diversos disparos de arma de fogo em um ponto conhecido pelo tráfico de drogas, no bairro Santa Terezinha. Conforme a delegada Rosane, a vítima estava envolvida com o tráfico. Neste crime, os policiais prenderam o mandante. O segundo crime, o sequestro seguido da execução de Ricardo Elias Prates Guedes, 24 anos, ainda está em investigação. Ele residia em Campo Bom e foi morto no interior de Taquara, na localidade de Pega Fogo. Além de tiros com três armas diferentes, sua cabeça foi decepada pelos criminosos. Na sequência de assassinatos, Roque Silveira, 50, foi morto por uma dupla em moto, no pátio da sua casa, quase na divisa com Rolante. Neste caso, a polícia prendeu o mandante, executor, usuário que foi até o local com o matador e também quem cedeu a moto para o crime.

Por fim, a polícia também esclareceu o homicídio de Cláudio Anacleto da Silva, 57. Ele morreu com quatro disparos nas costas e este é o crime de motivação passional. O assassino está preso.

“Querem fazer? vão responder”

A delegada Rosane pontua o quanto tem se dedicado, assim como sua equipe, para dar respostas a crimes tão violentos no município. “A gente não trabalha só com a questão de fazer a prisão, a gente trabalha com uma investigação que remete a outras pessoas, com fundamentação, numa forma que as provas ficam robustas e as prisões se mantêm. Fazemos um trabalho técnico, aquele preso através de material produzido por nós, permanece preso porque as provas estão robustas”. Não é comum tantos homicídios em pouco tempo. “Somos uma cidade com muitas ocorrências, mas essa sequência não é a nossa realidade. Portanto, a resposta precisa acontecer e o recado que a gente passa elucidando os crimes e conseguindo prender o máximo de indivíduos é: Querem fazer? Vão responder! Temos orgulho do trabalho e nos dedicamos para fazê-lo da melhor forma possível. Três crimes foram com características e motivação no tráfico, e precisamos dar resposta”.

Assassinato brutal

Em meio à investigação dos quatro homicídios, a Polícia Civil também conseguiu dar um importante passo no desaparecimento, seguido da localização do corpo de Raquel Riberio Weiand. Ela desapareceu no dia 14 de outubro do ano passado em Parobé e seu corpo foi encontrado no pátio de uma residência de Taquara em 23 de março deste ano. “Ele estava em uma cova rasa. Pela que apurados, Raquel foi torturada, estuprada e morta no dia em que desapareceu”, conta Rosane. Neste mês, foi preso um dos executores, mas a polícia investiga a participação de mais criminosos. “Raquel foi chamada até o local por uma ligação e um veículo a deixou no endereço onde ocorreu o crime”. A suspeita é também de ligação com o tráfico.